terça-feira, 27 de setembro de 2016

Unidade 731: a crueldade japonesa durante a Segunda Guerra Mundial

Talvez você nunca tenha ouvido falar dela, mas ela existiu e apenas para causar dor, sofrimento e morte, foi criada pelos japoneses em 1931 durante a invasão da China na Segunda Guerra Mundial. Sua função era desenvolver armas biológicas para serem usadas na guerra.

A tenebrosa Unidade 731, era uma divisão especial do exército japonês, uma unidade científica e militar com um grande orçamento e autorização ilimitada para cometer as mais cruéis atrocidades capazes de serem cometidas  pela humanidade. Agia de forma similar aos famosos experimentos científicos nazistas em humanos, porém muito mais violentos e invasivos ao corpo humano.

Corpo sendo dissecado na Unidade 731

A Unidade 731 era comandada pelo general Shiro Ishii, pai do programa de guerra biológica do Japão. Só para se ter noção do tamanho da crueldade de Ishii e do que ocorria na Unidade 731, quando Ishii precisava de um cérebro humano para uma experiência, ordenava que os guardas obtivessem o órgão. Enquanto o prisioneiro era pego por um dos guardas, que segurava seu rosto contra o chão, o outro quebrava-lhe o crânio com um machado. O órgão era retirado grosseiramente e levado rapidamente ao laboratório de Ishii. Os restos mortais do prisioneiro sacrificado eram lançados no crematório do campo.

Disseminação de pragas mortais...

As primeiras experiências centraram-se nas doenças contagiosas, como o antraz e a peste. Em um dos testes, guerrilheiros chineses foram infectados com bactérias da peste. Doze dias depois, os infectados contorciam-se com febres de 40 graus celsius. Um desses guerrilheiros conseguiu sobreviver por 19 dias antes que lhe fizessem uma autopsia enquanto ainda estava vivo.

A província de Guizhou na China sentiu na pele as atrocidades cometidas pela Unidade 731, lá bombas desembarcavam, mas ao invés de explodir elas simplesmente se abriam,  derramando arroz, trigo e pulgas microscópicas pelas aldeias, causando alguns dias depois um surto de peste bubônica que começou a dizimar a região. Cidades chinesas eram atacadas pela pulverização das culturas, mas também foram lançadas mais de 15 milhões de pulgas contaminadas com a peste.

Soldados japoneses carregando o corpo de um prisioneiro na Unidade 731

O pior da crueldade humana...

Em um vasto complexo na borda da parte continental da China, entre outros experimentos praticados pelos médicos e militares japoneses em prisioneiros e civis chineses, soviéticos, filipinos e de nacionalidades pertencentes a países Aliados, cirurgiões se revezavam para dissecar civis vivos, removendo seus órgãos um por um até o paciente morrer. Alguns foram pendurados e dissecados sem anestesia. Outros foram amarrados no chão congelado para ver a rapidez com que iriam sucumbir a queimaduras de gelo. Outros foram levados para câmaras de descompressão, onde os pesquisadores cronometravam quanto tempo levava para seus globos oculares explodirem.

Em 1939, a Unidade 731 foi transferida para um novo e amplo quartel localizado em Pingfan, Manchúria.

E a crueldade não parava por aí, muitos ainda eram expostos a mudanças extremas de temperatura, ou a temperaturas excessivamente baixas, gaseamento dos prisioneiros levando-os à morte por sufocamento, experimentos com armas de fogo como metralhadoras, granadas e lança-chamas em humanos vivos para verificar os efeitos de tais armas no corpo humano vivo para fazer exames de balística e ferimentos. Alguns foram envenenados com gases tóxicos, outros foram submetidos a choques de até 20 mil volts. Os poucos sobreviventes recebiam injeções letais. Realizava-se amputação de membros seguida de hemorragias não controladas, visando simular situação de batalha; sepultamento de pessoas vivas e avaliação de efeitos da necrose e da gangrena sobre a pele humana. Também há relatos de induções experimentais de acidentes vasculares cerebrais, infartos agudos do miocárdio, embolismo gasoso, dentre outros. A maioria dos prisioneiros eram homens entre 20 e 40 anos, mas testemunhas confirmam a presença de crianças e mulheres grávidas nos experimentos fatais, como você pode ver nesta foto em que uma mulher grávida é dissecada. Havia atos sexuais forçados, por prisioneiros infectados, com objetivo de se estudar doenças sexualmente transmissíveis. Foram disseminadas doenças e pestes como tifo, cólera, peste bubônica, disenteria e antraz em várias cidades chinesas, levando aproximadamente 200 mil pessoas à morte em surtos que duraram até 1948.

Ocultação dos crimes por Japão e EUA e impunidade...

Além do governo japonês, no pós-Guerra, o governo norte-americano passou a conhecer a unidade e as atividades realizadas durante o período de Guerra. No entanto, o Governo Americano concedeu imunidade aos perpetradores e ajudou a encobrir acontecimentos e provas em troca de dados. Assim, os crimes de guerra cometidos foram mantidos em segredo para o resto do mundo até virem à tona a verdade em 1989 com a descoberta de cadáveres no subsolo da cidade de Tóquio por operários de uma construção. Os cadáveres estavam ali porque as cobaias humanas empregadas nas experiências do general Shiro Ishii foram transferidas da base da Manchúria, na China, para seu laboratório em Tóquio e que se localizava no local das obras. Com o termino da guerra, os restos mortais destas pessoas foram enterradas em uma fossa comum e lá permaneceram até ser descoberta em 1989.

Um dos prédios da Unidade 731, em Harbin, aberto à visitação.

Sendo impossível ocultar por mais tempo a verdade, muitos fatos foram levados ao público e vítimas deixaram o estado de silêncio e deram seus depoimentos sobre a Unidade 731, muitas das quais são soldados norte-americanos que foram cobaias em experiências sob o comando do general Shiro Ishii.

O comandante Shiro Ishii

A qualidade do trabalho, assim como sua personalidade, garantiram a Shiro Ishii um crescente poder. Em 1939, pôde mudar-se para instalações tão grandes quanto o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau da Alemanha nazista. O novo quartel general da Unidade 731 situava-se em Pingfan, Manchúria.

O complexo de Pingfan possuía 6 km² e abrigava edifícios administrativos, laboratórios, galpões, uma prisão para indivíduos submetidos aos teste, um edifício de autópsias e dissecação e três fornos crematórios. Um campo localizado em Mukden, detinha os prisioneiros de guerra americanos, britânicos e australianos, que também eram usados nas experiências.

O general Shiro Ishii, ele comandou as atividades cruéis da Unidade 731

O comandante da Unidade 731, Shiro Ishii, sem remorso, escrevia relatórios com os resultados das experiências, só que nos relatórios, as pessoas que ele usava como cobaias eram colocadas como se fossem macacos. Os empregados de Ishii deviam fazer um juramento onde não podiam revelar as experiências da Unidade 731. Em 1993, o segredo oficial do Japão tornou-se público com a abertura dos relatórios das experiências biológicas. Shiro Ishii morreu em 1959, aos 67 anos, em Tóquio, sem mostrar nenhum sinal de arrependimento.

11 comentários:

  1. Parabéns pelo post...matéria isntigante!

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    1. calaboca xupa cabras ta defendendo vagabundo, vai la da sua mae sua esposa irmãs e filhas p eles fazerem experimento seu burro idiota covarde d emerda.

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  2. " foi criada pelos japoneses em 1931 durante a invasão da China na Segunda Guerra Mundial. " e olha q eu pensei q a segunda guerra começou em 1939....

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    1. A Segunda Guerra Mundial começou em 1931 e durou 8 anos, ou seja, até 1939.

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    2. A segunda guerra começou em 1939 e terminou em 1945.

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    3. De fato a unidade 731 começou as atividades em 1931, em uma área do território chines já sob controle do Japão, ou seja, bem antes da segunda guerra mundial começar de fato. Suspeito que houve um erro de digitação.


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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Em 1931...foi a invasão da China (território da manchuria),pelo império
    Japonês antes da segunda guerra..por ser rico em minério,petróleo..

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  6. Em 1931...foi a invasão da China (território da manchuria) pelo Japão,antes da segunda guerra...
    Território rico em minério de ferro, petróleo...

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  7. Japoneses, quem diria...os coitadinhos da bomba atômica. Está mais uma vez provado que aquele lá de cima não dorme...

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