sábado, 28 de agosto de 2021

Empresa secreta está construindo uma estação espacial privada

Uma empresa desconhecida começou o processo para construção de uma estação espacial privada, já foram contratados fornecedores de diversos tipos de tecnologias, desde controle ambiental até sistemas de suporte vital.

A empresa que está tocando o projeto ainda é desconhecida, mas já se sabe que ela tem dinheiro para gastar: a empresa Collins Aerospace – uma subsidiária da Raytheon Technologies – assegurou um contrato de US$ 2,6 milhões (R$ 13,53 milhões) para a criação de sistemas de respiração auxiliar para emergências.

A Collins foi a responsável pelo sistema de recuperação de água da Estação Espacial Internacional (ISS).

Empresa desconhecida está construindo uma estação espacial privada

O trabalho para esse cliente obscuro inclui “máquinas capazes de controlar níveis de temperatura e pressão no espaço, permitindo a presença humana prolongada”. Segundo o diretor de desenvolvimento de negócios da Collins, Shawn Macleod, essa é uma demanda que deve só aumentar à medida que mais e mais companhias se juntam a essa “corrida pelo espaço”.

O site SpaceNews especula que a tal “empresa desconhecida” seja a Axiom Space. A empresa fundada em 2016 tem várias participações conjuntas com a Nasa, inclusive uma missão privada em direção à ISS – a primeira de seu tipo – agendada para janeiro de 2022. E ela já vinha falando em estabelecer uma base comercial no espaço desde antes da Nasa admitir essa possibilidade após a “morte” da ISS.

Evidentemente, a Axiom Space foi procurada pela equipe do site, mas a resposta obtida por eles foi um elusivo “sem comentários”. E apesar do projeto já estar, aparentemente, em desenvolvimento, não há qualquer informação de data de lançamento de módulos ou partes nos calendários astronômicos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Criatura marinha estranha é encontrada em praia no Havaí

Uma criatura incomum na costa oceânica foi encontrada em águas rasas na praia de Alan Davis, na costa de Oahu, uma ilha do arquipélago do Havaí, no Oceano Pacífico.

Segundo a bióloga de invertebrados marinhos da University of Hawaii Amy Moran, trata-se de uma argonauta fêmea adulta, também conhecida como Nautilus de Papel (Paper Nautilus), que é uma espécie de polvo. A criatura é pelágica, que prospera em mar aberto e raramente é vista perto da costa.

Uma argonauta fêmea adulta, também conhecida como Nautilus de Papel (Paper Nautilus)
 apareceu em praia do 
Havaí

“Eu encorajaria as pessoas que, se cruzarem com um na praia ou em uma poça de maré e ele estiver vivo, apenas tente colocá-lo em mar aberto e dar uma chance de continuar sua vida”, disse a especialista ao jornal Hawaii News Now.

“Nesta espécie em particular, uma coisa interessante sobre eles é que a concha que você vê na foto não é uma concha. Na verdade, é uma caixa de ovo feita pela fêmea”, afirmou Amy Moran, que explicou que a fêmea põe seus ovos na caixa de ovos e depois vive nela enquanto cuida deles.

Segundo cientistas, a onda de calor que atinge a região do noroeste do Pacífico pode ter matado mais de um bilhão de criaturas marinhas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Exoplanetas hiceânicos podem abrigar vida, dizem cientistas

Os chamados “exoplanetas hiceânicos”, ou seja, dotados de atmosfera rica em hidrogênio e com vasto volume de água na superfície, podem não só servir de berço para a vida alienígena, mas também permitir que ela evolua, é o que afirma um estudo feito por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

A proposta feita pelos cientistas da universidade tem como objetivo ampliar o campo de observação de especialistas em ciências planetárias. Normalmente, análises do tipo tendem a considerar apenas planetas de constituição mais rochosa – como a Terra, já que a vida como nós conhecemos só foi comprovada aqui na Terra, um planeta rochoso.

Planetas hiceânicos podem abrigar vida alienígena

A nossa galáxia é constituída de vários tipos de planetas, desde gigantes gasosos até exoplanetas hiceânicos, que tendem a ser até 2,5 vezes maiores que a Terra, mas suas condições de sobrevivência de vida são abundantes.

“Os exoplanetas hiceânicos abrem toda uma nova via de busca pela vida em outros locais [do universo]”, disse Nikku Madhusudhan, do Instituto de Astronomia de Cambridge e autor primário do estudo.

Segundo ele, os planetas desse tipo estão em um ponto favorável de abrigar a vida: são bem maiores do que a Terra, trazem recursos abundantes (ver “hidrogênio” e “água” mais acima) e sua densidade está entre uma “super Terra” rochosa e um “mini Netuno” gasoso. Esta última parte corresponde à maioria dos exoplanetas, mas poucos deles oferecem as outras condições de um planeta hiceânico.

Exoplanetas hiceânicos apresentam outras condições que nos impressionam: alguns estão tão próximos de suas estrelas que tem suas marés “travadas”, com um dia extremamente quente de um lado, e uma noite extremamente escura do outro. Há também alguns posicionados a uma distância tão grande que recebem quase nenhuma radiação estelar. Todos eles, porém, podem abrigar a vida, segundo os cientistas:

“É muito empolgante ver que condições habitáveis de vida existem em planetas tão diferentes da Terra”, disse Anjali Piette, outra autora do estudo. Segundo ela, esses planetas também são ótimos pontos de busca por gases que sinalizam a presença bacteriana, como o metano.

“Nós concluímos que os maiores rádios [a unidade de medida que parte do centro de uma circunferência] e as temperaturas mais altas vistas em exoplanetas hiceânicos tornam esses marcadores biológicos mais fáceis de serem detectados, quando comparados a planetas de constituição mais rochosa”, disse Piette.

Em outras palavras: se exoplanetas hiceânicos apresentarem metano, por exemplo, ele será mais fácil de ser encontrado. E a presença desse gás, dependendo da situação, pode indicar a presença de vida bacteriana, já que apenas algumas formas de vida extremas conseguem produzí-lo mediante a absorção de nutrientes em ambientes hostis.

Um bom exemplo disso são as “fumarolas” no fundo do nosso mar. Algumas apresentam metano em sua composição, derivado de bactérias metanogênicas que estão se alimentando ali.

O melhor é que a busca pela vida em exoplanetas hiceânicos pode começar em relativa velocidade. Segundo Madhusudhan, a próxima geração de grandes telescópios espaciais – como o James Webb, que a Nasa deve começar a operar até o fim de 2021 – poderão atender facilmente a essa demanda: o estudo posiciona esses planetas a uma distância entre 35 e 150 anos-luz da Terra, orbitando pequenas estrelas anãs vermelhas com brilho reduzido.

“A detecção de uma bioassinatura poderia transformar a nossa compreensão da vida no universo”, disse Madhusudhan. “Nós precisamos ser mais abertos sobre onde esperamos encontrar vida e qual será a forma tomada por ela, já que a natureza continuamente nos surpreende de formas inimagináveis”.

sábado, 14 de agosto de 2021

Hubble faz bela imagem de “berçário de estrelas” na constelação de Gêmeos

O telescópio espacial Hubble fez uma belíssima imagem de um “berçário estelar” localizado na constelação de Gêmeos. Esse berçário é chamado de AFGL 5180.

No centro da imagem se vê uma estrela massiva se formando e abrindo cavidades por entre nuvens, com um par de jatos poderosos, estendendo-se para a parte superior direita e inferior esquerda da imagem.

Conforme se vê, a luz da estrela irradia, iluminando essas cavidades, como um farol que atravessa as nuvens de tempestade.

“Berçário estelar” AFGL 5180

De acordo com o site Phys, as estrelas nascem em ambientes empoeirados e, embora essa poeira dê origem a imagens espetaculares, ela, às vezes, pode impedir que os astrônomos vejam estrelas. Para deleite de nossos olhos, o Hubble, mais uma vez, teve sorte.

O telescópio tem um instrumento chamado Wide Field Camera 3 (WFC3), projetado para capturar imagens detalhadas em luz visível e infravermelha, o que significa que as estrelas jovens escondidas em vastas regiões de formação estelar, como a AFGL 5180, podem ser vistas com muito mais clareza.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Cientistas criam luva sensorial capaz de sentir o toque

Cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e parceiros de outras instituições criaram uma luva sensorial capaz de “sentir” a pressão e outros estímulos táteis. A parte interna do objeto é equipada com um sistema de sensores que detecta, mede e mapeia pequenas mudanças na pressão na luva. Os sensores individuais são altamente sintonizados e podem captar vibrações muito sutis na pele, como a pulsação, por exemplo.

Nos testes, a luva foi usada para segurar um balão e um copo, por exemplo. Os sensores geravam mapas de pressão específicos para cada tarefa. Segurar um balão produzia um sinal de pressão relativamente uniforme em toda a palma da mão, enquanto segurar um copo criava uma pressão mais forte nas pontas dos dedos.

Luva sensorial é capaz de sentir o toque


A luva sensorial pode ajudar a restabelecer a atividade motora e a coordenação em pessoas que sofreram um derrame ou outro comprometimento das funções motoras.

Os cientistas afirmam que a luva também pode ser adaptada para aumentar a realidade virtual e as experiências de jogo. A equipe prevê a integração dos sensores de pressão não apenas em luvas táteis, mas também em adesivos flexíveis para rastrear pulso, pressão sanguínea e outros sinais vitais com mais precisão do que relógios inteligentes e outros monitores vestíveis.

“A simplicidade e confiabilidade de nossa estrutura de detecção é uma grande promessa para uma diversidade de aplicações de saúde, como detecção de pulso e recuperação da capacidade sensorial em pacientes com disfunção tátil”, garante Nicholas Fang, professor de engenharia mecânica do MIT.

A equipe planeja usar a luva para identificar padrões de pressão para outras funções, como escrever com uma caneta e manusear outros objetos domésticos. Em última análise, eles imaginam que esses apoios táteis poderiam ajudar os pacientes com disfunção motora a calibrar e fortalecer a destreza e a preensão das mãos.

sábado, 7 de agosto de 2021

Veja um leãozinho das cavernas congelado há 28 mil anos

Cientistas concluíram estudos em um filhote de leão das cavernas que viveu na Sibéria há 28 mil anos. O leão está bem preservado graças ao solo permanentemente congelado da região. Ele foi batizado de Sparta e parece estar dormindo.

O leãozinho e um outro filho de leão das cavernas chamado Boris foram encontrados em 2017 e 2018 por caçadores de presas de mamutes nas margens do rio Semyuelyakh. Pensava-se que Boris era irmão de Sparta, já que eles foram encontrados a apenas 15 metros um do outro, mas estudos concluíram que Boris é bem mais velho, com idade estimada em mais de 43 mil anos. Boris não está tão bem preservado quanto Sparta.

Leãozinho das cavernas de 28 mil anos parece estar dormindo

“Sparta é provavelmente o animal da Idade do Gelo mais bem preservado já encontrado e está mais ou menos intacto, exceto pela pelagem um pouco emaranhada. Até os bigodes foram preservados. Boris está um pouco mais danificado, mas ainda está muito bom”, disse Love Dallen, professor de genética evolutiva no Centro de Paleogenética em Estocolmo, Suécia, e autor de um novo estudo sobre os filhotes.

O estudo concluiu que ambos os filhotes tinham apenas 1 ou 2 meses de idade quando morreram. Não está claro como isso aconteceu, mas Dalen e a equipe de pesquisa — que inclui cientistas russos e japoneses — disseram que não há sinais de que eles foram mortos por um predador.

“Dado seu estado de conservação, eles devem ter sido enterrados muito rapidamente”, disse Dallen. “Talvez tenham sido soterrados por lama, ou caído em uma fissura no solo. A Permafrost forma grandes fissuras devido ao derretimento e congelamento sazonais”.

O pesquisador sueco Love Dallen analisa o corpo de Sparta.

Durante a última era do gelo, a Sibéria abrigava uma fauna complexa, com mamutes, lobos da tundra, rinocerontes lanosos, bisões, saigas (um parente dos antílopes) e várias outras espécies, além dos leões das cavernas. Esta espécie, que hoje está extinta, era um pouco maior que os atuais leões africanos.

Imagens do leão das cavernas encontrado congelado

Não é a primeira vez que a Permafrost nos dá uma visão tão detalhada de animais extintos. O aquecimento global está elevando as temperaturas na região e descongelando o solo, o que facilita o trabalho dos caçadores de presas de mamutes, que geralmente usam mangueiras de água de alta pressão para escavar túneis.

Só nos últimos dois anos, foram encontrados um rinoceronte (com órgãos intactos), um filhote de lobo e um filhote de cachorro.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Conheça o X-59, o avião supersônico da Nasa

A Nasa tem desenvolvido um avião supersônico, é o X-59 Quiet SuperSonic Technology, ou QueSST, que ganhou o apelido de “filho do Concorde”. O avião está perto de se tornar realidade.

O avião supersônico da Nasa está sendo desenvolvido para ser silencioso e não perturbar as pessoas, não emitindo o chamado “estampido sônico” (Sonic Boom), que é ouvido no solo quando o avião passa e que em alguns casos pode até mesmo quebrar janelas.

 X-59, o avião supersônico da Nasa

“Agora, deixaram de ser um monte de peças separadas distribuídas em diferentes partes do chão de produção para virar de vez um avião”, disse Jay Brandon, engenheiro-chefe do projeto Low Boom Flight Demonstrator – LBFD (Demonstrador de Voo de Baixo Estrondo, em tradução livre), da Nasa.

A aeronave está sendo construída na Lockheed Martin Skunk Works, em Palmdale, Califórnia, e é projetada para voar a aproximadamente 660 mph ao nível do mar, sem causar um estrondo sônico incômodo para as pessoas em solo.

A Nasa trabalhará com as comunidades dos EUA, procurando entender sua resposta ao som da aeronave e fornecer esses dados aos reguladores, o que poderia mudar as regras que atualmente proíbem o voo supersônico sobre a terra, reduzindo o tempo de viagem pela metade para viajantes aéreos em um futuro próximo.

O primeiro voo do X-59 está previsto para acontecer em 2022.
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