Segundo os pesquisadores, o último rato de Gould, um animal endêmico da Austrália, havia sido avistado em meados do século XIX. Mas quando uma equipe estudava o declínio de espécies nativas do país, foi feito um estudo comparativo de DNA que indicou que o rato de Gould não estava extinto, o estudo revelou que hoje ele é conhecido com o nome de Shark Bay.
O rato de Shark Bay é o rato Gould que pensava-se estar extinto há mais de 150 anos |
A bióloga Emily Roycroft destaca a rapidez com que a espécie desapareceu da Austrália continental, ela foi uma das responsáveis pela descoberta.
“É empolgante que o rato de Gould ainda esteja por aí, mas seu desaparecimento do continente destaca a rapidez com que essa espécie passou de ser distribuída na maior parte da Austrália, para sobreviver apenas em ilhas na Austrália Ocidental”, disse. “É um colapso enorme da população”, completou ela.
Roycroft é a principal autora de um artigo sobre roedores publicado na revista Procedimentos da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América e descreveu a descoberta como “chocante”.
Foram feitas análises comparativas entre os ratos de Gould, Shark Bay e outras oito espécies consideradas extintas. De acordo com o estudo, todos esses roedores já tiveram populações enormes e generalizadas, porém, o impacto da colonização europeia foi catastrófico para elas.
Roycroft afirma que a causa foi a introdução de espécies invasoras, como gatos, e a limpeza das áreas para agricultura. “Ainda temos muita biodiversidade a perder aqui na Austrália”, afirmou Roycroft, “e não estamos fazendo o suficiente para protegê-la”.
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