terça-feira, 23 de outubro de 2018

China inaugura a maior ponte marítima do mundo

A China inaugurou nesta terça-feira(23) a maior ponte marítima do mundo que, incluindo as estradas de acesso, tem 55 quilômetros de comprimento e custou U$$ 20 bilhões de dólares(equivalente a R$ 73,7 bilhões). Ela liga Hong Kong a Macau e à cidade chinesa de Zhuhai.

A Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, na China, a maior ponte marítima do mundo

A ponte tinha prazo inicial de conclusão o ano de 2016, mas acabou atrasando dois anos por causa da escassez de mão de obra e de materiais de construção.

A falta de segurança também marcou a execução da mega obra, pelo menos 18 trabalhadores morreram na construção.

Ela foi projetada para resistir a tufões e terremotos, em sua construção foram usadas 400 mil toneladas de aço, o suficiente para erguer 60 torres Eiffel.

Cerca de 30 km do seu comprimento total atravessa o mar do delta do Rio das Pérolas. Para permitir a passagem de navios, uma seção de 6,7 km no meio mergulha em um túnel submarino que passa entre duas ilhas artificiais.

As seções restantes são estradas de ligação, viadutos e túneis terrestres que conectam Zhuhai e Hong Kong à ponte principal.


A China construiu a ponte com o objetivo de criar uma Grande Área de Baía, incluindo Hong Kong, Macau e outras nove cidades no sul da China - na esperança de competir com as de São Francisco, Nova York e Tóquio.

A área é atualmente habitada por 68 milhões de pessoas. E a expectativa é transformá-la em uma zona econômica com ênfase em tecnologia, como uma espécie de concorrente ao Vale do Silício dos Estados Unidos.

Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau em frente à Ilha Artificial Oriental em Hong Kong

Mas não é qualquer um que poderá atravessar a ponte, quem quiser atravessá-la terá que obter licenças especiais, distribuídas por um sistema de cotas. E todos os veículos pagam pedágio.

Fonte: G1, via BBC

Navio grego de mais de 2 mil anos é encontrado preservado no fundo do Mar Negro

Pesquisadores encontraram um navio mercante grego de aproximadamente 2,4 mil anos em boas condições de preservação na costa da Bulgária, no que já é considerado o naufrágio intacto mais antigo do mundo.

Navio grego de mais de 2 mil anos foi encontrado no fundo do Mar Negro /
Foto: Black Sea Map/Eef Expeditions/BBC

A embarcação, que tem 23 metros de comprimento, data de 400 a.C. e era usada para fazer o trajeto entre colônias gregas e mediterrâneas pelo Mar Negro.

O leme, bancos e até partes do porão estão praticamente intactos, por uma particularidade das profundezas em que o navio foi encontrado: a mais de 2 mil metros, o oxigênio no ambiente marinho é mínimo, o que permite que materiais orgânicos fiquem preservados por milhares de anos.

O navio só foi descoberto graças a um projeto que usa câmeras feitas especialmente para filmagem em águas profundas - antes usadas na exploração de campos marítimos de petróleo -, acopladas a robôs para mapear o leito marinho.

Os cientistas também ficaram impressionados com o fato de o navio ter grande semelhança com o desenho de uma embarcação que ilustra um vaso da Grécia Antiga, parte da coleção do Museu Britânico.

Datado de cerca de 480 a.C., o vaso mostra Ulisses amarrado ao mastro de seu navio, enquanto navega pela região das três ninfas marítimas míticas - rezava a lenda que o canto dessas ninfas levava os marinheiros a saltar do navio para a morte.

Navio se parece com embarcação em desenho que ilustra vaso da Grécia Antiga

O Projeto Arqueológico Marítimo do Mar Negro já identificou, em três anos, 67 navios naufragados na mesma região, inclusive embarcações mercantes da era romana e um navio cossaco do século 17.

No caso do navio grego recém-descoberto, um veículo operado remotamente (ROV, na sigla em inglês) com câmeras acopladas obteve imagens 3D da embarcação e coletou uma amostra para que os acadêmicos pudessem identificar quando o naufrágio ocorreu.

A descoberta ocorreu a 80 km da cidade búlgara de Burgas. A carga transportada pelo navio ainda é desconhecida, e a equipe do projeto diz que será necessário financiamento para voltar a operar no ponto exato do naufrágio.

Fonte: G1, via  BBC
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