sábado, 31 de julho de 2021

Computador quântico do Google pode ter criado novo estado da matéria chamado “cristal do tempo”

Cientistas podem ter conseguido provar a existência de um novo estado da matéria chamado "cristal do tempo". Os cientistas usaram um computador quântico do Google para tentar criar os cristais do tempo. A existência do cristal do tempo é teorizada há mais de 10 anos.

Ainda não se sabe quais as possibilidades de usos dos cristais do tempo, mas uma das hipóteses é de que eles poderiam ser usados para criar padrões de tempo e relógios muito mais precisos do que os atuais relógios atômicos, o que poderia permitir até mesmo a criação de aparelhos com movimento perpétuo. A computação também poderia ser completamente revolucionada. Mas isso ainda é apenas teoria.

Computador quântico do Google pode ter criado novo estado da matéria
 chamado “cristal do tempo”

Na física, os cristais são definidos como uma série de átomos dispostos de forma sequencial e repetitiva, formando padrões iguais. A diferença para outras substâncias está justamente em sua organização. Na natureza, há cristais de neve, sal e outros. A água por exemplo, ela é simétrica em estado líquido, mas quando é congelada essa simetria é rompida e o líquido se transforma em cristal.

O “cristal do tempo” teria o padrão se repetindo depois de um certo período de tempo e não de uma distância física. Essas partículas poderiam, ao invés de funcionar com uma barreira de espaço, agir usando o tempo.

Um computador quântico do Google, chamado Sycamore, usou seu processador para modificar a interação entre 20 qubits, que são unidades de informação quântica. O resultado dessa mudança na força aplicada entre as moléculas pode ter originado o novo estado. “Implementamos uma família contínua de portas de fase controlada ajustáveis ​​em uma matriz de qubits supercondutores para observar experimentalmente um cristal do tempo ordenado por estado próprio”, diz a pesquisa.

Agora, os resultados precisam ser analisados para confirmar se a existência dos cristais realmente foi comprovada. No momento, o estudo é mais uma forma de mostrar o potencial do material do que sua aplicação em si. Seu uso deve ficar ainda para o futuro.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Jeff Bezos oferece desconto de até U$$ 2 bilhões de dólares para Nasa desistir de contrato com SpaceX

O bilionário Jeff Bezos ofereceu um grande desconto para que a Nasa desista de um contrato com a SpaceX e assine com sua empresa espacial, a Blue Origin. A Nasa escolheu a SpaceX para produzir um módulo de pouso lunar para uma futura missão tripulada a Lua.

Bezos enviou uma carta ao administrador da Nasa, Bill Nelson, e disse que renunciaria permanentemente a até US$ 2 bilhões em pagamentos de contratos nos primeiros dois anos se a agência adicionasse o módulo lunar Blue Moon da Blue Origin a uma fase-chave do programa Human Landing System, que planeja o desembarque dos primeiros humanos na Lua após décadas.

Jeff Bezos oferece desconto de até U$$ 2 bilhões de dólares para Nasa
 desistir de contrato com SpaceX

Bezos também propôs que a Blue Origin se autofinancie para um teste de lançamento da Blue Moon, sua sonda flexível de cargas úteis, na órbita baixa da Terra, um feito que provavelmente vale centenas de milhões a mais. “Eu acredito que esta missão é importante”, disse Bezos. “Estou honrado em oferecer essas contribuições e sou grato por estar em uma posição financeira que me permite fazê-lo. Tudo o que a Nasa precisa fazer é aproveitar esta oferta e alterar o contrato”.

A Nasa disse que está ciente da carta de Bezos, mas se recusou a comentar mais “a fim de manter a integridade do processo de contratação em andamento e a adjudicação do GAO (sigla em inglês para Escritório Contábil do Governo) sobre este assunto”.

Após protesto da Blue Origin, o contrato de US$ 3 bilhões da Nasa com a SpaceX foi suspenso e agora está sob análise do GAO.

A disputa entre Bezos e Musk pelo contrato da Nasa começou quando a agência escolheu em abril a SpaceX para desenvolver o módulo de pouso que levará humanos de volta a Lua após quase 50 anos. A viagem deve acontecer até 2024. Na disputa, a SpaceX venceu a Blue Origin e a Dynetics.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Hubble descobre primeira evidência de vapor de água em Ganimedes, lua de Júpiter

Astrônomos descobriram evidencia de vapor de água na atmosfera da maior lua do sistema solar, Ganimedes, lua de Júpiter. Esse vapor é formado quando o gelo da superfície da lua é sublimado (passa do estado sólido para o gasoso).

A descoberta foi feita usando dados novos e de arquivo do telescópio espacial Hubble, da Nasa.

Pesquisas anteriores ofereceram evidências circunstanciais de que Ganimedes contém mais água do que todos os oceanos da Terra. No entanto, as temperaturas lá são tão baixas que a água na superfície é sólida e congelada.

Segundo a pesquisa, o oceano de Ganimedes fica a cerca de 160 km abaixo da crosta, o que significa que o vapor d’água não representaria a evaporação desse oceano.

Ganimedes, lua de Júpiter, vista pelo telescópio espacial Hubble em 1996

Em 1998, o Espectrógrafo de Imagens do Telescópio Espacial Hubble (STIS) obteve as primeiras imagens ultravioleta (UV) de Ganimedes, que revelaram filamentos coloridos de gás eletrificado chamados de bandas aurorais, e forneceram evidências adicionais de que essa lua tem um campo magnético fraco.

As semelhanças nessas observações de UV foram explicadas pela presença de oxigênio molecular (O2). Mas, algumas características observadas não correspondiam às emissões esperadas de uma atmosfera de O2 puro.

Os cientistas concluíram que essa discrepância provavelmente estava relacionada a maiores concentrações de oxigênio atômico (O).

Como parte de um grande programa de observação para apoiar a missão Juno da Nasa em 2018, uma equipe liderada por Lorenz Roth, do KTH Royal Institute of Technology em Estocolmo, na Suécia, começou a medir a quantidade de oxigênio atômico com o Hubble.

A equipe combinou os dados de dois instrumentos: Cosmic Origins Spectrograph (COS) do Hubble, de 2018, e imagens de arquivo do Space Telescope Imaging Spectrograph (STIS), de 1998 a 2010.

Ao contrário das interpretações originais dos dados de 1998, os pesquisadores descobriram que quase não havia oxigênio atômico na atmosfera de Ganimedes. Isso significa que deve haver outra explicação para as diferenças aparentes nessas imagens de aurora ultravioleta.

A temperatura da superfície de Ganimedes varia fortemente ao longo do dia, e por volta do meio-dia perto do equador pode se tornar suficientemente quente para que a superfície do gelo libere (ou sublime) algumas pequenas quantidades de moléculas de água.

Na verdade, as diferenças percebidas nas imagens UV estão diretamente correlacionadas com onde a água seria esperada na atmosfera da lua. “Até agora, apenas o oxigênio molecular foi observado”, explicou Roth. “Este é produzido quando partículas carregadas corroem a superfície de gelo. O vapor de água que medimos agora é originário de sublimação do gelo causada pela fuga térmica de vapor de água a partir de regiões geladas quando aquecidas”.

Essa descoberta dá novas bases à próxima missão da agência espacial europeia (ESA), denominada JUICE, que significa JUpiter ICy moons Explorer. JUICE é a primeira missão de grande porte no programa Cosmic Vision 2015-2025 da ESA. A missão está planejada para ser lançada em 2022 e deve chegar a Júpiter em 2029, ela passará ao menos três anos observando o planeta e três de suas maiores luas, principalmente Ganimedes.

Ganimedes foi identificado para investigação detalhada porque fornece um laboratório natural para análise da natureza, evolução e habitabilidade potencial de mundos gelados em geral, papel que desempenha dentro do sistema de satélites galileanos e suas interações magnéticas e de plasma únicas com Júpiter e seus meio ambientes.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Estudo diz que lagos na calota polar sul de Marte podem ser apenas ‘miragens’

Um novo estudo indica que uma imagem da capa de gelo que cobre o polo sul de Marte, registrada recentemente pelo orbitador Mars Express, não esconde lagos de água líquida em condições potencialmente habitáveis.

Segundo cientistas, isso exigiria um aquecimento geotérmico contínuo capaz de manter a água em condições subglaciais. O que não confere, já que abaixo do gelo marciano, a temperatura média é de -68 °C, muito além do ponto de congelamento da água.

Camada de gelo no polo sul de Marte

Também seria necessário um reservatório de magma subterrâneo para manter toda a área aquecida, outro cenário improvável, dada a falta de atividade vulcânica em Marte.

A possibilidade de encontrar lagos no Planeta Vermelho foi levantada pela primeira vez em 2018, quando a Mars Express explorou a calota polar sul do planeta. Na época, o orbitador detectou uma série de pontos brilhantes, sugerindo a presença de um grande corpo de água líquida de cerca de 20 km abaixo de uma camada de 1,5 km de gelo sólido.

Pontos coloridos seriam lagos no polo sul de Marte

Carver Bierson, cientista planetário, questiona se há algo mais que poderia explicar os reflexos brilhantes vistos no radar. Em sua pesquisa, ele descreve outras substâncias que podem explicar o ocorrido.

Ele sugere que a refletividade no radar depende da condutividade elétrica do material detectado. A água em seu estado líquido, por exemplo, tem uma “assinatura” bastante distinta, no entanto, o exame das propriedades de outros minerais (como a argila e a salmoura congelada) revelou que outros materiais podem gerar o mesmo sinal observado.

Segundo o Science News, ainda faltam evidências de cenários plausíveis para encontrar água líquida no polo sul de Marte. Portanto, é provável que os dados estejam apontando realmente para a hipótese de que um tipo de processo geofísico criou minerais ou salmouras congeladas na região.

Por fim, os pesquisadores sugerem que se os lagos existissem, eles seriam provavelmente extremamente frios e compostos por 50% de sal, condições nas quais nenhum organismo conhecido poderia sobreviver.

sábado, 17 de julho de 2021

China inaugura maior museu de astronomia do mundo

Nesta sexta-feira (16), a China inaugurou o Shangai Astronomy Museum (SAM), ou Museu de Astronomia de Xangai, que é o maior museu de astronomia do mundo.

Museu de Astronomia de Xangai, na China

O museu gigante tem 39 mil metros quadrados (ou 3,6 campos de futebol) e conta com um planetário e um telescópio solar de 24 metros de altura. Além, é claro, de receber exposições. Além disso, a arquitetura do museu é inspirada nas órbitas dos corpos celestes e na geometria do universo, sem nenhum ângulo reto.

Museu de Astronomia de Xangai, na China

A estrutura do museu foi feita pela empresa de arquitetura Ennead Architects. A empresa venceu um concurso, em 2014, para fazer o projeto do SAM. Thomas J. Wong foi designer-chefe do museu.

Museu de Astronomia de Xangai, na China

O profissional disse que a inspiração para o museu na China veio do “problema dos três corpos”. Essa é uma questão não resolvida da física clássica. A proposta, originária do estudo da mecânica celeste, tem como objetivo estudar as órbitas de três corpos, sujeitos apenas às atrações gravitacionais entre eles.

“A razão pela qual pensamos que o problema dos três corpos era interessante é porque é um conjunto complexo de órbitas. São relacionamentos dinâmicos, em oposição a um círculo simples ao redor do centro. E isso fazia parte da intenção do design — capturar essa complexidade”, explicou Wong, em entrevista à CNN Internacional.

Cúpula de vidro invertida para observação do céu /
Museu de Astronomia de Xangai, na China

Três arcos transmitem a geometria dos cosmos, o Oculus, a Esfera e a Cúpula Invertida. Eles são instrumentos astronômicos usados para rastrear, respectivamente, os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. Dentro, eles abrigam atrações para os visitantes.

O Oculus, que funcionará como uma espécie de relógio solar/
Museu de Astronomia de Xangai, na China
O planetário fica dentro desta esfera /
Museu de Astronomia de Xangai, na China

No Oculos funciona um relógio solar. Ele fica logo na entrada. Há também um planetário submerso, com a parte inferior emergindo do teto, para criar a ilusão de ausência de peso. O museu ainda abriga uma cúpula gigante de vidro no topo do átrio central. Uma rampa em espiral faz com que o visitante olhe em direção ao ápice, para ver o céu sem barreiras.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Apesar de alguns problemas, lua de Júpiter, Europa, pode oferecer condições para a vida

Europa, uma das luas de Júpiter, pode oferecer condições para a geração da vida, apesar de “pequenos impactos”, segundo cientistas que trabalham para a Nasa. Os “pequenos impactos” seriam causados por feixes de elétrons e radiação vindas do maior planeta do nosso sistema solar.

Em seu site, a Nasa deu alguns detalhes sobre a lua, assim como sobre a missão “Europa Clipper”, uma sonda que ficará posicionada na órbita da Europa e estudando seu solo. Europa é constituída em sua maior parte de uma crosta de gelo, mas com bolsos de água salgada sob ele – algo que a Nasa pretende investigar para, quem sabe no futuro, enviar missões de veículos exploratórios (rovers).

“É fácil perceber o impacto de detritos espaciais na nossa Lua, onde sua superfície muito antiga é coberta de crateras e cicatrizes”, diz trecho do post. “A gélida lua de Júpiter, Europa, aguenta uma ‘surra’ similar – com uma pitada adicional de radiação super intensa. À medida em que a superfície da lua fria se agita, o material trazido até o topo é eletrizado pela radiação de elétrons de alta energia, acelerados por Júpiter”.

A sonda Clipper, que será lançada para investigar Europa, lua de Júpiter

Segundo um novo estudo da Nasa, a agência estabeleceu um novo modelo que estima a profundidade dessas pancadas em um processo chamado “jardinagem de impacto”. O paper, publicado na última segunda-feira (12) na Nature Astronomy, afirma que a superfície da Europa tem sido penetrada em profundidade média de 30 centímetros (cm) ao longo de dezenas de milhões de anos. “Qualquer molécula que possa se qualificar como uma potencial bioassinatura, o que inclui elementos químicos de origem da vida, poderiam ser afetados nessa profundidade”.

Isso porque esses impactos, em tese, causariam dois efeitos: o primeiro seria o de agitar materiais do interior da lua em direção à superfície, onde a radiação vinda de Júpiter traria alterações a qualquer organismo biológico com ligações químicas mais delicadas. O outro seria o de empurrar material da superfície para o fundo, onde seria misturado com outros materiais presentes sob a crosta.

Por isso a missão Europa Clipper ganha mais e mais importância para a Nasa. De acordo com a sua página oficial, ela será “a mais avançada embarcação espacial enviada para investigar a capacidade de habitação de outro mundo”.

Ironicamente, a Europa Clipper não é uma missão com objetivo de encontrar sinais de vida, mas esse pode ser um efeito bem-vindo.

“[A missão] vai conduzir um reconhecimento detalhado da Europa e investigar se a lua gélida, junto de seu oceano subterrâneo, tem capacidade de sustentar a vida. Entender a ‘habitabilidade’ da Europa ajudará cientistas a melhor compreender como a vida se desenvolveu na Terra, além de trazer potencial para encontrar vida além do nosso planeta”.

O lançamento da Europa Clipper está previsto para outubro de 2024.

domingo, 11 de julho de 2021

Máquina cria pele para pacientes com queimadura

Pesquisadores da Suíça criaram uma máquina que consegue criar um enxerto de pele, a partir de um pedaço de pele do tamanho de uma moeda, que cresce cem vezes seu tamanho original.

A máquina foi criada pela empresa CUTISS e pode permitir que futuramente a pele seja esticada em tamanhos ainda maiores, utilizando bioengenharia.

Segundo a empresa, a máquina, que recebeu o nome denovoGraft, poderá ajudar milhões de pessoas que sofrem ferimentos debilitantes, como queimaduras.

Pele artificial criada por Suíços

Para criar a pele artificial são retiradas células cutâneas saudáveis ​​e não danificadas da vítima que depois são “cultivadas” em laboratório, antes de serem combinadas com hidrogel. A pele criada tem uma espessura de 1mm, que é aproximadamente a largura combinada de nossas camadas de pele naturais.

Embora os testes da fase 2 tenham sido concluídos recentemente, a tecnologia denovoGraft já está sendo usada em tratamentos.

“Esse método de confecção de pele é tão avançado que é a única opção existente no mundo para quem tem uma doença rara ou uma queimadura significativa”, diz a cofundadora e diretora do CUTISS, Daniela Marino, que desenvolveu a máquina. “No momento, podemos multiplicar a área de superfície da amostra original por um fator de 100, e pretendemos, eventualmente, um fator de 500”.

Segundo ela, a máquina pode fazer vários enxertos ao mesmo tempo sem entrada manual, o que oferece a chance de reduzir drasticamente o tempo de produção e os custos.

Espera-se que dentro de dois anos os testes de fase 3 sejam concluídos e a ferramenta estará disponível no mercado europeu.

sábado, 10 de julho de 2021

Startup Relativity Space vai expandir estrutura de impressão 3D de foguetes espaciais

A startup americana Relativity Space anunciou que irá ampliar sua estrutura de impressão 3D de foguetes Terran, a empresa adquiriu um terreno de 93 mil metros quadrados que será usado para ampliar sua linha de produção. O terreno fica localizado no Centro Comercial Goodman, em Long Beach, Califórnia.

O local pertencia a Boeing, onde eram fabricados aviões militares, o último avião C-17 foi produzido lá em 2015. Agora, a área vai englobar um distrito comercial próprio ao lado do aeroporto de Long Beach.

A empresa participará de uma rodada de investimentos recentemente anunciada na casa dos US$ 650 milhões (pouco mais de R$ 3,3 bilhões).

Concepção em 3D da nova estrutura da Relativity Space

A Relativity Space ficou conhecida pela fabricação de foguetes espaciais Terran 1, que são fabricados através de impressão 3D, usando aparelhos conhecidos como “Stargate Printers” (“impressoras stargate”, em inglês). Além de ampliar a produção deste foguete, no local também será fabricada a linha reutilizável “Terran R”, recentemente anunciada.

A ideia da empresa é ser “a disruptora” do processo de fabricação de foguetes, que normalmente exige custos altíssimos e o uso de partes não reutilizáveis. Recentemente, a Relativity Space fechou contrato com a Força Aérea norte-americana para uso de uma nova base de lançamento, em Vandenberg, sul da Califórnia.

Segundo comunicado assinado por seu CEO e fundador, Tim Ellis, a aquisição é “essencial para a escalada de nosso programa Terran R”, ao mesmo tempo que permite à empresa “recrutar talentos inigualáveis na região de Long Beach para se juntarem a nós em nossa missão”.

Com a nova estrutura devem ser criados 2 mil empregos, que serão preenchidos gradualmente nos próximos anos. Atualmente, a empresa tem pouco mais de 400 funcionários contratados – além de terceirizados temporários.

A Relativity Space foi criada há cinco anos e, dentre seus investidores primários, conta com o empresário e apresentador do programa “Shark Tank”, Mark Cuban.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Sonda dos Emirados Árabes faz imagens de auroras em Marte

Os Emirados Árabes Unidos divulgaram fotos de auroras de Marte, as imagens foram capturadas pela sonda Hope (esperança, na tradução). As imagens foram divulgadas na quarta-feira (30). A sonda Hope faz parte da Hope Mars Mission, a primeira missão interplanetária do país árabe.

Foram divulgadas três fotos nas redes sociais da missão, as imagens foram feitas nos dias 22 e 23 de abril e 6 de maio deste ano. Elas foram feitas usando o espectrômetro ultravioleta da sonda e mostram a emissão de oxigênio atômico ao redor de Marte com comprimento de onda de 103,4 nanômetros.

Sonda dos Emirados Árabes fez imagens de auroras em Marte

As imagens foram feitas já no entardecer, no lado escuro do planeta, e mostram pontos de luz, que são auroras discretas.

“Essas imagens excepcionais e sem precedentes mostram a primeira vez que esse fenômeno foi capturado em detalhes de alta resolução”, diz a missão.

“Os pontos de luz que se destacam contra o disco escuro à noite são auroras discretas altamente estruturadas, que traçam onde partículas energéticas interagem com a atmosfera depois de serem afuniladas por uma rede irregular de campos magnéticos da crosta que se originam de minerais na superfície de Marte”, explica o texto de divulgação.

As imagens foram capturadas antes mesmo de a missão começar formalmente e não fazia nem parte das observações planejadas. Como é muito difícil flagrar esse fenômeno as imagens feitas animaram bastante os cientistas envolvidos no trabalho.

Ao contrário da Terra, as auroras em Marte não acontecem apenas nos polos norte e sul. No nosso planeta, elas são ligadas ao campo magnético do planeta. Em Marte, a atmosfera magnética não está alinhada como a terrestre. Segundo Justin Deighan, cientista planetário da Universidade do Colorado e vice-líder científico da missão, lá é como se “pegasse um saco de ímãs e os jogasse na crosta do planeta”.

“Sabíamos que o instrumento teria potencial para isso. Não foi projetado para isso. Mas porque temos uma missão que visa a cobertura global e estamos olhando para Marte de lados diferentes e com muita frequência dentro da atmosfera, isso nos permitiu ter essa medição de auroras discretas, o que é muito emocionante”, explicou Hessa Al Matroushi, líder científico da missão.

sábado, 3 de julho de 2021

Rato considerado extinto há mais de 150 anos é encontrado em ilha na Austrália

Cientistas descobriram que uma espécie de rato chamada de Gould que era considerada extinta ainda existe. O rato era considerado extinto há mais de 150 anos. Ele foi encontrado por pesquisadores em uma ilha na Austrália, de onde é nativo.

Segundo os pesquisadores, o último rato de Gould, um animal endêmico da Austrália, havia sido avistado em meados do século XIX. Mas quando uma equipe estudava o declínio de espécies nativas do país, foi feito um estudo comparativo de DNA que indicou que o rato de Gould não estava extinto, o estudo revelou que hoje ele é conhecido com o nome de Shark Bay.

O rato de Shark Bay é o rato Gould que pensava-se estar extinto há mais de 150 anos

O rato de Shark Bay pode ser encontrado em ilhas ao redor da costa australiana, porém, ele também já esteve presente no continente, antes da chegada dos europeus. Os roedores nativos representam cerca de 41% das extinções de mamíferos da Austrália desde o final do século XVIII.

A bióloga Emily Roycroft destaca a rapidez com que a espécie desapareceu da Austrália continental, ela foi uma das responsáveis pela descoberta.

“É empolgante que o rato de Gould ainda esteja por aí, mas seu desaparecimento do continente destaca a rapidez com que essa espécie passou de ser distribuída na maior parte da Austrália, para sobreviver apenas em ilhas na Austrália Ocidental”, disse. “É um colapso enorme da população”, completou ela.

Roycroft é a principal autora de um artigo sobre roedores publicado na revista Procedimentos da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América e descreveu a descoberta como “chocante”.

Foram feitas análises comparativas entre os ratos de Gould, Shark Bay e outras oito espécies consideradas extintas. De acordo com o estudo, todos esses roedores já tiveram populações enormes e generalizadas, porém, o impacto da colonização europeia foi catastrófico para elas.

Roycroft afirma que a causa foi a introdução de espécies invasoras, como gatos, e a limpeza das áreas para agricultura. “Ainda temos muita biodiversidade a perder aqui na Austrália”, afirmou Roycroft, “e não estamos fazendo o suficiente para protegê-la”.
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