domingo, 31 de outubro de 2021

Veja como seria uma moto lunar

Já imaginou dar uma voltinha de moto na Lua? Mas como seria uma moto lunar? O designer russo Andrew Fabishevskiy, que trabalha no ramo automotivo e industrial, já imaginou e fez um conceito de como seria uma moto lunar.

Moto lunar projetada pelo designer russo Andrew Fabishevskiy

“O tema principal do design desta motocicleta é fazer um objeto que pareça engenharia clara, com elementos de estilo mínimos. Suspensão elétrica e motores elétricos nas rodas. Eu queria fazer um objeto visualmente leve, pois tal leveza é característica de máquinas projetadas para espaço, bem como a combinação de materiais que usei; muitos materiais brancos e reflexivos”, explicou Fabishevskiy.

Ele diz que a ideia veio após ter sido desafiado no Instagram em discussões sobre a Missão Artemis, projetada pela NASA para levar novamente a humanidade à Lua em 2024, e que se inspirou nos primeiros LRVs, abreviação para Lunar Roving Vehicles (Veículos Móveis Lunares, na tradução para português), usados nas Apollo 15, 16 e 17.

Moto lunar projetada pelo designer russo Andrew Fabishevskiy

A moto lunar do russo foi batizada de NASA Motorcycle (ou "Motocicleta da NASA", em tradução literal). Por enquanto ela ainda não saiu do papel, mas há uma empresa alemã chamada Hookie, especializada em design de motos, que demonstrou interesse em transformar o desenho do projetista em um protótipo real e que, inclusive, já estampa na primeira página do site oficial uma foto da moto.

Empresa alemã Hookie quer fazer um protótipo real da moto lunar

Segundo Fabishevskiy, a moto lunar é composta por uma estrutura de treliça tubular que segura a bateria e os componentes do motor elétrico. As duas rodas off-road são movidas por motores montados no cubo, enquanto a direção é realizada por meio do guidão baixo.

Moto lunar projetada pelo designer russo Andrew Fabishevskiy

Além disso, uma almofada macia, coberta com correias, parece ser o assento, provavelmente ajudando também no sistema de suspensão.

domingo, 26 de setembro de 2021

Nave pode construir plataforma de pouso enquanto desce na lua

A NASA pretende voltar a Lua com o Projeto Artemis, que deve levar astronautas para o nosso satélite natural em 2023. E como parte da missão empresas tem apresentado projetos de módulos de pouso lunar. Um desse projetos foi apresentado pela empresa Masten Space Systems, cujo projeto propõe que a nave construa sua própria plataforma de pouso enquanto desce na lua.

O modelo ainda evitaria a necessidade de missões prévias para preparar o terreno. O grande perigo de uma aterrissagem no solo lunar é uma camada de rocha esmagada que se desenvolveu por conta do impacto de meteoritos. Esses pedaços podem danificar a nave durante o pouso, comprometendo a missão.

E por causa desse risco se cria a necessidade de uma plataforma de pouso segura. O projeto da Masten pretende fazer os foguetes dispararem partículas de cerâmica no solo lunar. Ao colidir com a superfície, esses pedaços se solidificam e tornam o local seguro para uma aterrissagem.

Módulo de pouso lunar construiria a própria plataforma de pouso

Em missões anteriores na lua, as naves possuíam um design próprio para o pouso, no entanto, elas ficam limitadas a pousarem em partes específicas da lua. Isso dificulta para os cientistas estudarem outras regiões do satélite.

Se conseguir criar uma nave que consiga fazer um pouso em segurança em qualquer lugar da lua, as possibilidades de pesquisa ficam maiores. O objetivo agora é aumentar os testes do programa, ainda não há previsão de quando a tecnologia vai estar pronta para o uso.

O projeto da Masten Space Systems é feito em parceria com a Honeybee Robotics, Texas A&M University e a University of Central Florida. O financiamento ainda conta com o auxílio do NASA Innovative Advanced Concepts, que visa encontrar modelos inovadores para serem aplicados nas missões da agência.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Pesquisadores criam holograma que pode ser tocado e sentido

Cientistas da Universidade de Glasgow, na Escócia, criaram um sistema de holograma que pode ser tocado e sentido, semelhante aos holodecks de “Star Trek“. A tecnologia “aerofática” usa jatos de ar para permitir a sensação do toque.

Segundo o professor de eletrônica e nanoengenharia da instituição, Ravinder Daahiya, pesquisador que trabalhou no projeto, os jatos de ar podem fazer com que você sinta “os dedos, as mãos e os pulsos das pessoas”.

“Com o tempo, isso poderia ser desenvolvido para permitir que você conhecesse um avatar virtual de um colega do outro lado do mundo e realmente sentisse seu aperto de mão”, disse ele em seu artigo para o site The Conversation. “Pode até ser o primeiro passo para construir algo como um holodeck”.

 O holograma criado pode ser tocado e sentido

O sistema é parecido com os hologramas sensoriais de toque já conhecidos, com a diferença de que o sistema aerofático não requer um controlador de mão ou luvas inteligentes para produzir a sensação de toque.

Em vez disso, uma espécie de bico, que é capaz de responder aos movimentos da mão, sopra ar com uma quantidade adequada de força sobre você.

Daahiya e sua equipe testaram isso com uma projeção interativa de uma bola de basquete, que ele afirmou poder ​​ser “tocada, rolada e quicada de maneira convincente”, como se fosse um objeto real.

“O feedback de toque dos jatos de ar do sistema também é modulado com base na superfície virtual da bola de basquete, permitindo que os usuários sintam a forma arredondada da bola enquanto a rolam com a ponta dos dedos ou quando a quicam, e o tapa na palma da mão, quando ela retorna”, disse Daahiya.

O sistema está em fase embrionária, mas a equipe tem esperanças de que ele possa, futuramente, ser usado não apenas para criar algumas experiências de videogame incríveis, como também para ajudar os médicos a tratar pacientes independentemente da distância física que os separem.

sábado, 18 de setembro de 2021

Cientistas criam tinta que pode eliminar a necessidade de ar-condicionado

Cientistas da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, criaram uma tinta extrabranca que é capaz de eliminar a necessidade de uso de ar-condicionado.

Para tornar a tinta muito branca e altamente reflexiva os pesquisadores usaram uma concentração muito alta de sulfato de bário com partículas em diferentes tamanhos. O sulfato de bário é um composto químico também usado em papel fotográfico e cosméticos.

Com isso, os pesquisadores da universidade conseguiram criar uma tinta capaz de refletir 98,1% da radiação solar enquanto também emite calor infravermelho.

Cientistas criam tinta super branca capaz de esfriar ambiente de casas

Assim, como a tinta absorve menos calor do que emite, uma superfície revestida com essa tecnologia consegue ser resfriada abaixo da temperatura ambiente. E o melhor: sem consumir energia para isso.

Por exemplo, usar a tinta em um telhado com cerca de 9 metros quadrados pode resultar em uma potência de resfriamento de 10 kW. “Isso é mais poderoso do que os [aparelhos] de ar-condicionado usados ​​pela maioria das casas”, explica Xiulin Ruan, professor de Engenharia Mecânica em Purdue.

 Xiulin Ruan com a tinta branca que ele criou

A nova tecnologia pode ser uma grande aliada da preservação do meio ambiente, principalmente em um país como os Estados Unidos onde a energia ainda é obtida através de carvão em muitos estados.

“Quando iniciamos este projeto há cerca de sete anos, tínhamos em mente a economia de energia e o combate às mudanças climáticas”, disse Xiulin Ruan.

Agora, a ideia dos cientistas é colocar essa tinta extrabranca no mercado. Para isso, eles anunciaram já terem feito uma parceria com uma empresa.

sábado, 28 de agosto de 2021

Empresa secreta está construindo uma estação espacial privada

Uma empresa desconhecida começou o processo para construção de uma estação espacial privada, já foram contratados fornecedores de diversos tipos de tecnologias, desde controle ambiental até sistemas de suporte vital.

A empresa que está tocando o projeto ainda é desconhecida, mas já se sabe que ela tem dinheiro para gastar: a empresa Collins Aerospace – uma subsidiária da Raytheon Technologies – assegurou um contrato de US$ 2,6 milhões (R$ 13,53 milhões) para a criação de sistemas de respiração auxiliar para emergências.

A Collins foi a responsável pelo sistema de recuperação de água da Estação Espacial Internacional (ISS).

Empresa desconhecida está construindo uma estação espacial privada

O trabalho para esse cliente obscuro inclui “máquinas capazes de controlar níveis de temperatura e pressão no espaço, permitindo a presença humana prolongada”. Segundo o diretor de desenvolvimento de negócios da Collins, Shawn Macleod, essa é uma demanda que deve só aumentar à medida que mais e mais companhias se juntam a essa “corrida pelo espaço”.

O site SpaceNews especula que a tal “empresa desconhecida” seja a Axiom Space. A empresa fundada em 2016 tem várias participações conjuntas com a Nasa, inclusive uma missão privada em direção à ISS – a primeira de seu tipo – agendada para janeiro de 2022. E ela já vinha falando em estabelecer uma base comercial no espaço desde antes da Nasa admitir essa possibilidade após a “morte” da ISS.

Evidentemente, a Axiom Space foi procurada pela equipe do site, mas a resposta obtida por eles foi um elusivo “sem comentários”. E apesar do projeto já estar, aparentemente, em desenvolvimento, não há qualquer informação de data de lançamento de módulos ou partes nos calendários astronômicos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Criatura marinha estranha é encontrada em praia no Havaí

Uma criatura incomum na costa oceânica foi encontrada em águas rasas na praia de Alan Davis, na costa de Oahu, uma ilha do arquipélago do Havaí, no Oceano Pacífico.

Segundo a bióloga de invertebrados marinhos da University of Hawaii Amy Moran, trata-se de uma argonauta fêmea adulta, também conhecida como Nautilus de Papel (Paper Nautilus), que é uma espécie de polvo. A criatura é pelágica, que prospera em mar aberto e raramente é vista perto da costa.

Uma argonauta fêmea adulta, também conhecida como Nautilus de Papel (Paper Nautilus)
 apareceu em praia do 
Havaí

“Eu encorajaria as pessoas que, se cruzarem com um na praia ou em uma poça de maré e ele estiver vivo, apenas tente colocá-lo em mar aberto e dar uma chance de continuar sua vida”, disse a especialista ao jornal Hawaii News Now.

“Nesta espécie em particular, uma coisa interessante sobre eles é que a concha que você vê na foto não é uma concha. Na verdade, é uma caixa de ovo feita pela fêmea”, afirmou Amy Moran, que explicou que a fêmea põe seus ovos na caixa de ovos e depois vive nela enquanto cuida deles.

Segundo cientistas, a onda de calor que atinge a região do noroeste do Pacífico pode ter matado mais de um bilhão de criaturas marinhas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Exoplanetas hiceânicos podem abrigar vida, dizem cientistas

Os chamados “exoplanetas hiceânicos”, ou seja, dotados de atmosfera rica em hidrogênio e com vasto volume de água na superfície, podem não só servir de berço para a vida alienígena, mas também permitir que ela evolua, é o que afirma um estudo feito por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

A proposta feita pelos cientistas da universidade tem como objetivo ampliar o campo de observação de especialistas em ciências planetárias. Normalmente, análises do tipo tendem a considerar apenas planetas de constituição mais rochosa – como a Terra, já que a vida como nós conhecemos só foi comprovada aqui na Terra, um planeta rochoso.

Planetas hiceânicos podem abrigar vida alienígena

A nossa galáxia é constituída de vários tipos de planetas, desde gigantes gasosos até exoplanetas hiceânicos, que tendem a ser até 2,5 vezes maiores que a Terra, mas suas condições de sobrevivência de vida são abundantes.

“Os exoplanetas hiceânicos abrem toda uma nova via de busca pela vida em outros locais [do universo]”, disse Nikku Madhusudhan, do Instituto de Astronomia de Cambridge e autor primário do estudo.

Segundo ele, os planetas desse tipo estão em um ponto favorável de abrigar a vida: são bem maiores do que a Terra, trazem recursos abundantes (ver “hidrogênio” e “água” mais acima) e sua densidade está entre uma “super Terra” rochosa e um “mini Netuno” gasoso. Esta última parte corresponde à maioria dos exoplanetas, mas poucos deles oferecem as outras condições de um planeta hiceânico.

Exoplanetas hiceânicos apresentam outras condições que nos impressionam: alguns estão tão próximos de suas estrelas que tem suas marés “travadas”, com um dia extremamente quente de um lado, e uma noite extremamente escura do outro. Há também alguns posicionados a uma distância tão grande que recebem quase nenhuma radiação estelar. Todos eles, porém, podem abrigar a vida, segundo os cientistas:

“É muito empolgante ver que condições habitáveis de vida existem em planetas tão diferentes da Terra”, disse Anjali Piette, outra autora do estudo. Segundo ela, esses planetas também são ótimos pontos de busca por gases que sinalizam a presença bacteriana, como o metano.

“Nós concluímos que os maiores rádios [a unidade de medida que parte do centro de uma circunferência] e as temperaturas mais altas vistas em exoplanetas hiceânicos tornam esses marcadores biológicos mais fáceis de serem detectados, quando comparados a planetas de constituição mais rochosa”, disse Piette.

Em outras palavras: se exoplanetas hiceânicos apresentarem metano, por exemplo, ele será mais fácil de ser encontrado. E a presença desse gás, dependendo da situação, pode indicar a presença de vida bacteriana, já que apenas algumas formas de vida extremas conseguem produzí-lo mediante a absorção de nutrientes em ambientes hostis.

Um bom exemplo disso são as “fumarolas” no fundo do nosso mar. Algumas apresentam metano em sua composição, derivado de bactérias metanogênicas que estão se alimentando ali.

O melhor é que a busca pela vida em exoplanetas hiceânicos pode começar em relativa velocidade. Segundo Madhusudhan, a próxima geração de grandes telescópios espaciais – como o James Webb, que a Nasa deve começar a operar até o fim de 2021 – poderão atender facilmente a essa demanda: o estudo posiciona esses planetas a uma distância entre 35 e 150 anos-luz da Terra, orbitando pequenas estrelas anãs vermelhas com brilho reduzido.

“A detecção de uma bioassinatura poderia transformar a nossa compreensão da vida no universo”, disse Madhusudhan. “Nós precisamos ser mais abertos sobre onde esperamos encontrar vida e qual será a forma tomada por ela, já que a natureza continuamente nos surpreende de formas inimagináveis”.

sábado, 14 de agosto de 2021

Hubble faz bela imagem de “berçário de estrelas” na constelação de Gêmeos

O telescópio espacial Hubble fez uma belíssima imagem de um “berçário estelar” localizado na constelação de Gêmeos. Esse berçário é chamado de AFGL 5180.

No centro da imagem se vê uma estrela massiva se formando e abrindo cavidades por entre nuvens, com um par de jatos poderosos, estendendo-se para a parte superior direita e inferior esquerda da imagem.

Conforme se vê, a luz da estrela irradia, iluminando essas cavidades, como um farol que atravessa as nuvens de tempestade.

“Berçário estelar” AFGL 5180

De acordo com o site Phys, as estrelas nascem em ambientes empoeirados e, embora essa poeira dê origem a imagens espetaculares, ela, às vezes, pode impedir que os astrônomos vejam estrelas. Para deleite de nossos olhos, o Hubble, mais uma vez, teve sorte.

O telescópio tem um instrumento chamado Wide Field Camera 3 (WFC3), projetado para capturar imagens detalhadas em luz visível e infravermelha, o que significa que as estrelas jovens escondidas em vastas regiões de formação estelar, como a AFGL 5180, podem ser vistas com muito mais clareza.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Cientistas criam luva sensorial capaz de sentir o toque

Cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e parceiros de outras instituições criaram uma luva sensorial capaz de “sentir” a pressão e outros estímulos táteis. A parte interna do objeto é equipada com um sistema de sensores que detecta, mede e mapeia pequenas mudanças na pressão na luva. Os sensores individuais são altamente sintonizados e podem captar vibrações muito sutis na pele, como a pulsação, por exemplo.

Nos testes, a luva foi usada para segurar um balão e um copo, por exemplo. Os sensores geravam mapas de pressão específicos para cada tarefa. Segurar um balão produzia um sinal de pressão relativamente uniforme em toda a palma da mão, enquanto segurar um copo criava uma pressão mais forte nas pontas dos dedos.

Luva sensorial é capaz de sentir o toque


A luva sensorial pode ajudar a restabelecer a atividade motora e a coordenação em pessoas que sofreram um derrame ou outro comprometimento das funções motoras.

Os cientistas afirmam que a luva também pode ser adaptada para aumentar a realidade virtual e as experiências de jogo. A equipe prevê a integração dos sensores de pressão não apenas em luvas táteis, mas também em adesivos flexíveis para rastrear pulso, pressão sanguínea e outros sinais vitais com mais precisão do que relógios inteligentes e outros monitores vestíveis.

“A simplicidade e confiabilidade de nossa estrutura de detecção é uma grande promessa para uma diversidade de aplicações de saúde, como detecção de pulso e recuperação da capacidade sensorial em pacientes com disfunção tátil”, garante Nicholas Fang, professor de engenharia mecânica do MIT.

A equipe planeja usar a luva para identificar padrões de pressão para outras funções, como escrever com uma caneta e manusear outros objetos domésticos. Em última análise, eles imaginam que esses apoios táteis poderiam ajudar os pacientes com disfunção motora a calibrar e fortalecer a destreza e a preensão das mãos.

sábado, 7 de agosto de 2021

Veja um leãozinho das cavernas congelado há 28 mil anos

Cientistas concluíram estudos em um filhote de leão das cavernas que viveu na Sibéria há 28 mil anos. O leão está bem preservado graças ao solo permanentemente congelado da região. Ele foi batizado de Sparta e parece estar dormindo.

O leãozinho e um outro filho de leão das cavernas chamado Boris foram encontrados em 2017 e 2018 por caçadores de presas de mamutes nas margens do rio Semyuelyakh. Pensava-se que Boris era irmão de Sparta, já que eles foram encontrados a apenas 15 metros um do outro, mas estudos concluíram que Boris é bem mais velho, com idade estimada em mais de 43 mil anos. Boris não está tão bem preservado quanto Sparta.

Leãozinho das cavernas de 28 mil anos parece estar dormindo

“Sparta é provavelmente o animal da Idade do Gelo mais bem preservado já encontrado e está mais ou menos intacto, exceto pela pelagem um pouco emaranhada. Até os bigodes foram preservados. Boris está um pouco mais danificado, mas ainda está muito bom”, disse Love Dallen, professor de genética evolutiva no Centro de Paleogenética em Estocolmo, Suécia, e autor de um novo estudo sobre os filhotes.

O estudo concluiu que ambos os filhotes tinham apenas 1 ou 2 meses de idade quando morreram. Não está claro como isso aconteceu, mas Dalen e a equipe de pesquisa — que inclui cientistas russos e japoneses — disseram que não há sinais de que eles foram mortos por um predador.

“Dado seu estado de conservação, eles devem ter sido enterrados muito rapidamente”, disse Dallen. “Talvez tenham sido soterrados por lama, ou caído em uma fissura no solo. A Permafrost forma grandes fissuras devido ao derretimento e congelamento sazonais”.

O pesquisador sueco Love Dallen analisa o corpo de Sparta.

Durante a última era do gelo, a Sibéria abrigava uma fauna complexa, com mamutes, lobos da tundra, rinocerontes lanosos, bisões, saigas (um parente dos antílopes) e várias outras espécies, além dos leões das cavernas. Esta espécie, que hoje está extinta, era um pouco maior que os atuais leões africanos.

Imagens do leão das cavernas encontrado congelado

Não é a primeira vez que a Permafrost nos dá uma visão tão detalhada de animais extintos. O aquecimento global está elevando as temperaturas na região e descongelando o solo, o que facilita o trabalho dos caçadores de presas de mamutes, que geralmente usam mangueiras de água de alta pressão para escavar túneis.

Só nos últimos dois anos, foram encontrados um rinoceronte (com órgãos intactos), um filhote de lobo e um filhote de cachorro.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Conheça o X-59, o avião supersônico da Nasa

A Nasa tem desenvolvido um avião supersônico, é o X-59 Quiet SuperSonic Technology, ou QueSST, que ganhou o apelido de “filho do Concorde”. O avião está perto de se tornar realidade.

O avião supersônico da Nasa está sendo desenvolvido para ser silencioso e não perturbar as pessoas, não emitindo o chamado “estampido sônico” (Sonic Boom), que é ouvido no solo quando o avião passa e que em alguns casos pode até mesmo quebrar janelas.

 X-59, o avião supersônico da Nasa

“Agora, deixaram de ser um monte de peças separadas distribuídas em diferentes partes do chão de produção para virar de vez um avião”, disse Jay Brandon, engenheiro-chefe do projeto Low Boom Flight Demonstrator – LBFD (Demonstrador de Voo de Baixo Estrondo, em tradução livre), da Nasa.

A aeronave está sendo construída na Lockheed Martin Skunk Works, em Palmdale, Califórnia, e é projetada para voar a aproximadamente 660 mph ao nível do mar, sem causar um estrondo sônico incômodo para as pessoas em solo.

A Nasa trabalhará com as comunidades dos EUA, procurando entender sua resposta ao som da aeronave e fornecer esses dados aos reguladores, o que poderia mudar as regras que atualmente proíbem o voo supersônico sobre a terra, reduzindo o tempo de viagem pela metade para viajantes aéreos em um futuro próximo.

O primeiro voo do X-59 está previsto para acontecer em 2022.

sábado, 31 de julho de 2021

Computador quântico do Google pode ter criado novo estado da matéria chamado “cristal do tempo”

Cientistas podem ter conseguido provar a existência de um novo estado da matéria chamado "cristal do tempo". Os cientistas usaram um computador quântico do Google para tentar criar os cristais do tempo. A existência do cristal do tempo é teorizada há mais de 10 anos.

Ainda não se sabe quais as possibilidades de usos dos cristais do tempo, mas uma das hipóteses é de que eles poderiam ser usados para criar padrões de tempo e relógios muito mais precisos do que os atuais relógios atômicos, o que poderia permitir até mesmo a criação de aparelhos com movimento perpétuo. A computação também poderia ser completamente revolucionada. Mas isso ainda é apenas teoria.

Computador quântico do Google pode ter criado novo estado da matéria
 chamado “cristal do tempo”

Na física, os cristais são definidos como uma série de átomos dispostos de forma sequencial e repetitiva, formando padrões iguais. A diferença para outras substâncias está justamente em sua organização. Na natureza, há cristais de neve, sal e outros. A água por exemplo, ela é simétrica em estado líquido, mas quando é congelada essa simetria é rompida e o líquido se transforma em cristal.

O “cristal do tempo” teria o padrão se repetindo depois de um certo período de tempo e não de uma distância física. Essas partículas poderiam, ao invés de funcionar com uma barreira de espaço, agir usando o tempo.

Um computador quântico do Google, chamado Sycamore, usou seu processador para modificar a interação entre 20 qubits, que são unidades de informação quântica. O resultado dessa mudança na força aplicada entre as moléculas pode ter originado o novo estado. “Implementamos uma família contínua de portas de fase controlada ajustáveis ​​em uma matriz de qubits supercondutores para observar experimentalmente um cristal do tempo ordenado por estado próprio”, diz a pesquisa.

Agora, os resultados precisam ser analisados para confirmar se a existência dos cristais realmente foi comprovada. No momento, o estudo é mais uma forma de mostrar o potencial do material do que sua aplicação em si. Seu uso deve ficar ainda para o futuro.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Jeff Bezos oferece desconto de até U$$ 2 bilhões de dólares para Nasa desistir de contrato com SpaceX

O bilionário Jeff Bezos ofereceu um grande desconto para que a Nasa desista de um contrato com a SpaceX e assine com sua empresa espacial, a Blue Origin. A Nasa escolheu a SpaceX para produzir um módulo de pouso lunar para uma futura missão tripulada a Lua.

Bezos enviou uma carta ao administrador da Nasa, Bill Nelson, e disse que renunciaria permanentemente a até US$ 2 bilhões em pagamentos de contratos nos primeiros dois anos se a agência adicionasse o módulo lunar Blue Moon da Blue Origin a uma fase-chave do programa Human Landing System, que planeja o desembarque dos primeiros humanos na Lua após décadas.

Jeff Bezos oferece desconto de até U$$ 2 bilhões de dólares para Nasa
 desistir de contrato com SpaceX

Bezos também propôs que a Blue Origin se autofinancie para um teste de lançamento da Blue Moon, sua sonda flexível de cargas úteis, na órbita baixa da Terra, um feito que provavelmente vale centenas de milhões a mais. “Eu acredito que esta missão é importante”, disse Bezos. “Estou honrado em oferecer essas contribuições e sou grato por estar em uma posição financeira que me permite fazê-lo. Tudo o que a Nasa precisa fazer é aproveitar esta oferta e alterar o contrato”.

A Nasa disse que está ciente da carta de Bezos, mas se recusou a comentar mais “a fim de manter a integridade do processo de contratação em andamento e a adjudicação do GAO (sigla em inglês para Escritório Contábil do Governo) sobre este assunto”.

Após protesto da Blue Origin, o contrato de US$ 3 bilhões da Nasa com a SpaceX foi suspenso e agora está sob análise do GAO.

A disputa entre Bezos e Musk pelo contrato da Nasa começou quando a agência escolheu em abril a SpaceX para desenvolver o módulo de pouso que levará humanos de volta a Lua após quase 50 anos. A viagem deve acontecer até 2024. Na disputa, a SpaceX venceu a Blue Origin e a Dynetics.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Hubble descobre primeira evidência de vapor de água em Ganimedes, lua de Júpiter

Astrônomos descobriram evidencia de vapor de água na atmosfera da maior lua do sistema solar, Ganimedes, lua de Júpiter. Esse vapor é formado quando o gelo da superfície da lua é sublimado (passa do estado sólido para o gasoso).

A descoberta foi feita usando dados novos e de arquivo do telescópio espacial Hubble, da Nasa.

Pesquisas anteriores ofereceram evidências circunstanciais de que Ganimedes contém mais água do que todos os oceanos da Terra. No entanto, as temperaturas lá são tão baixas que a água na superfície é sólida e congelada.

Segundo a pesquisa, o oceano de Ganimedes fica a cerca de 160 km abaixo da crosta, o que significa que o vapor d’água não representaria a evaporação desse oceano.

Ganimedes, lua de Júpiter, vista pelo telescópio espacial Hubble em 1996

Em 1998, o Espectrógrafo de Imagens do Telescópio Espacial Hubble (STIS) obteve as primeiras imagens ultravioleta (UV) de Ganimedes, que revelaram filamentos coloridos de gás eletrificado chamados de bandas aurorais, e forneceram evidências adicionais de que essa lua tem um campo magnético fraco.

As semelhanças nessas observações de UV foram explicadas pela presença de oxigênio molecular (O2). Mas, algumas características observadas não correspondiam às emissões esperadas de uma atmosfera de O2 puro.

Os cientistas concluíram que essa discrepância provavelmente estava relacionada a maiores concentrações de oxigênio atômico (O).

Como parte de um grande programa de observação para apoiar a missão Juno da Nasa em 2018, uma equipe liderada por Lorenz Roth, do KTH Royal Institute of Technology em Estocolmo, na Suécia, começou a medir a quantidade de oxigênio atômico com o Hubble.

A equipe combinou os dados de dois instrumentos: Cosmic Origins Spectrograph (COS) do Hubble, de 2018, e imagens de arquivo do Space Telescope Imaging Spectrograph (STIS), de 1998 a 2010.

Ao contrário das interpretações originais dos dados de 1998, os pesquisadores descobriram que quase não havia oxigênio atômico na atmosfera de Ganimedes. Isso significa que deve haver outra explicação para as diferenças aparentes nessas imagens de aurora ultravioleta.

A temperatura da superfície de Ganimedes varia fortemente ao longo do dia, e por volta do meio-dia perto do equador pode se tornar suficientemente quente para que a superfície do gelo libere (ou sublime) algumas pequenas quantidades de moléculas de água.

Na verdade, as diferenças percebidas nas imagens UV estão diretamente correlacionadas com onde a água seria esperada na atmosfera da lua. “Até agora, apenas o oxigênio molecular foi observado”, explicou Roth. “Este é produzido quando partículas carregadas corroem a superfície de gelo. O vapor de água que medimos agora é originário de sublimação do gelo causada pela fuga térmica de vapor de água a partir de regiões geladas quando aquecidas”.

Essa descoberta dá novas bases à próxima missão da agência espacial europeia (ESA), denominada JUICE, que significa JUpiter ICy moons Explorer. JUICE é a primeira missão de grande porte no programa Cosmic Vision 2015-2025 da ESA. A missão está planejada para ser lançada em 2022 e deve chegar a Júpiter em 2029, ela passará ao menos três anos observando o planeta e três de suas maiores luas, principalmente Ganimedes.

Ganimedes foi identificado para investigação detalhada porque fornece um laboratório natural para análise da natureza, evolução e habitabilidade potencial de mundos gelados em geral, papel que desempenha dentro do sistema de satélites galileanos e suas interações magnéticas e de plasma únicas com Júpiter e seus meio ambientes.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Estudo diz que lagos na calota polar sul de Marte podem ser apenas ‘miragens’

Um novo estudo indica que uma imagem da capa de gelo que cobre o polo sul de Marte, registrada recentemente pelo orbitador Mars Express, não esconde lagos de água líquida em condições potencialmente habitáveis.

Segundo cientistas, isso exigiria um aquecimento geotérmico contínuo capaz de manter a água em condições subglaciais. O que não confere, já que abaixo do gelo marciano, a temperatura média é de -68 °C, muito além do ponto de congelamento da água.

Camada de gelo no polo sul de Marte

Também seria necessário um reservatório de magma subterrâneo para manter toda a área aquecida, outro cenário improvável, dada a falta de atividade vulcânica em Marte.

A possibilidade de encontrar lagos no Planeta Vermelho foi levantada pela primeira vez em 2018, quando a Mars Express explorou a calota polar sul do planeta. Na época, o orbitador detectou uma série de pontos brilhantes, sugerindo a presença de um grande corpo de água líquida de cerca de 20 km abaixo de uma camada de 1,5 km de gelo sólido.

Pontos coloridos seriam lagos no polo sul de Marte

Carver Bierson, cientista planetário, questiona se há algo mais que poderia explicar os reflexos brilhantes vistos no radar. Em sua pesquisa, ele descreve outras substâncias que podem explicar o ocorrido.

Ele sugere que a refletividade no radar depende da condutividade elétrica do material detectado. A água em seu estado líquido, por exemplo, tem uma “assinatura” bastante distinta, no entanto, o exame das propriedades de outros minerais (como a argila e a salmoura congelada) revelou que outros materiais podem gerar o mesmo sinal observado.

Segundo o Science News, ainda faltam evidências de cenários plausíveis para encontrar água líquida no polo sul de Marte. Portanto, é provável que os dados estejam apontando realmente para a hipótese de que um tipo de processo geofísico criou minerais ou salmouras congeladas na região.

Por fim, os pesquisadores sugerem que se os lagos existissem, eles seriam provavelmente extremamente frios e compostos por 50% de sal, condições nas quais nenhum organismo conhecido poderia sobreviver.

sábado, 17 de julho de 2021

China inaugura maior museu de astronomia do mundo

Nesta sexta-feira (16), a China inaugurou o Shangai Astronomy Museum (SAM), ou Museu de Astronomia de Xangai, que é o maior museu de astronomia do mundo.

Museu de Astronomia de Xangai, na China

O museu gigante tem 39 mil metros quadrados (ou 3,6 campos de futebol) e conta com um planetário e um telescópio solar de 24 metros de altura. Além, é claro, de receber exposições. Além disso, a arquitetura do museu é inspirada nas órbitas dos corpos celestes e na geometria do universo, sem nenhum ângulo reto.

Museu de Astronomia de Xangai, na China

A estrutura do museu foi feita pela empresa de arquitetura Ennead Architects. A empresa venceu um concurso, em 2014, para fazer o projeto do SAM. Thomas J. Wong foi designer-chefe do museu.

Museu de Astronomia de Xangai, na China

O profissional disse que a inspiração para o museu na China veio do “problema dos três corpos”. Essa é uma questão não resolvida da física clássica. A proposta, originária do estudo da mecânica celeste, tem como objetivo estudar as órbitas de três corpos, sujeitos apenas às atrações gravitacionais entre eles.

“A razão pela qual pensamos que o problema dos três corpos era interessante é porque é um conjunto complexo de órbitas. São relacionamentos dinâmicos, em oposição a um círculo simples ao redor do centro. E isso fazia parte da intenção do design — capturar essa complexidade”, explicou Wong, em entrevista à CNN Internacional.

Cúpula de vidro invertida para observação do céu /
Museu de Astronomia de Xangai, na China

Três arcos transmitem a geometria dos cosmos, o Oculus, a Esfera e a Cúpula Invertida. Eles são instrumentos astronômicos usados para rastrear, respectivamente, os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. Dentro, eles abrigam atrações para os visitantes.

O Oculus, que funcionará como uma espécie de relógio solar/
Museu de Astronomia de Xangai, na China
O planetário fica dentro desta esfera /
Museu de Astronomia de Xangai, na China

No Oculos funciona um relógio solar. Ele fica logo na entrada. Há também um planetário submerso, com a parte inferior emergindo do teto, para criar a ilusão de ausência de peso. O museu ainda abriga uma cúpula gigante de vidro no topo do átrio central. Uma rampa em espiral faz com que o visitante olhe em direção ao ápice, para ver o céu sem barreiras.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Apesar de alguns problemas, lua de Júpiter, Europa, pode oferecer condições para a vida

Europa, uma das luas de Júpiter, pode oferecer condições para a geração da vida, apesar de “pequenos impactos”, segundo cientistas que trabalham para a Nasa. Os “pequenos impactos” seriam causados por feixes de elétrons e radiação vindas do maior planeta do nosso sistema solar.

Em seu site, a Nasa deu alguns detalhes sobre a lua, assim como sobre a missão “Europa Clipper”, uma sonda que ficará posicionada na órbita da Europa e estudando seu solo. Europa é constituída em sua maior parte de uma crosta de gelo, mas com bolsos de água salgada sob ele – algo que a Nasa pretende investigar para, quem sabe no futuro, enviar missões de veículos exploratórios (rovers).

“É fácil perceber o impacto de detritos espaciais na nossa Lua, onde sua superfície muito antiga é coberta de crateras e cicatrizes”, diz trecho do post. “A gélida lua de Júpiter, Europa, aguenta uma ‘surra’ similar – com uma pitada adicional de radiação super intensa. À medida em que a superfície da lua fria se agita, o material trazido até o topo é eletrizado pela radiação de elétrons de alta energia, acelerados por Júpiter”.

A sonda Clipper, que será lançada para investigar Europa, lua de Júpiter

Segundo um novo estudo da Nasa, a agência estabeleceu um novo modelo que estima a profundidade dessas pancadas em um processo chamado “jardinagem de impacto”. O paper, publicado na última segunda-feira (12) na Nature Astronomy, afirma que a superfície da Europa tem sido penetrada em profundidade média de 30 centímetros (cm) ao longo de dezenas de milhões de anos. “Qualquer molécula que possa se qualificar como uma potencial bioassinatura, o que inclui elementos químicos de origem da vida, poderiam ser afetados nessa profundidade”.

Isso porque esses impactos, em tese, causariam dois efeitos: o primeiro seria o de agitar materiais do interior da lua em direção à superfície, onde a radiação vinda de Júpiter traria alterações a qualquer organismo biológico com ligações químicas mais delicadas. O outro seria o de empurrar material da superfície para o fundo, onde seria misturado com outros materiais presentes sob a crosta.

Por isso a missão Europa Clipper ganha mais e mais importância para a Nasa. De acordo com a sua página oficial, ela será “a mais avançada embarcação espacial enviada para investigar a capacidade de habitação de outro mundo”.

Ironicamente, a Europa Clipper não é uma missão com objetivo de encontrar sinais de vida, mas esse pode ser um efeito bem-vindo.

“[A missão] vai conduzir um reconhecimento detalhado da Europa e investigar se a lua gélida, junto de seu oceano subterrâneo, tem capacidade de sustentar a vida. Entender a ‘habitabilidade’ da Europa ajudará cientistas a melhor compreender como a vida se desenvolveu na Terra, além de trazer potencial para encontrar vida além do nosso planeta”.

O lançamento da Europa Clipper está previsto para outubro de 2024.

domingo, 11 de julho de 2021

Máquina cria pele para pacientes com queimadura

Pesquisadores da Suíça criaram uma máquina que consegue criar um enxerto de pele, a partir de um pedaço de pele do tamanho de uma moeda, que cresce cem vezes seu tamanho original.

A máquina foi criada pela empresa CUTISS e pode permitir que futuramente a pele seja esticada em tamanhos ainda maiores, utilizando bioengenharia.

Segundo a empresa, a máquina, que recebeu o nome denovoGraft, poderá ajudar milhões de pessoas que sofrem ferimentos debilitantes, como queimaduras.

Pele artificial criada por Suíços

Para criar a pele artificial são retiradas células cutâneas saudáveis ​​e não danificadas da vítima que depois são “cultivadas” em laboratório, antes de serem combinadas com hidrogel. A pele criada tem uma espessura de 1mm, que é aproximadamente a largura combinada de nossas camadas de pele naturais.

Embora os testes da fase 2 tenham sido concluídos recentemente, a tecnologia denovoGraft já está sendo usada em tratamentos.

“Esse método de confecção de pele é tão avançado que é a única opção existente no mundo para quem tem uma doença rara ou uma queimadura significativa”, diz a cofundadora e diretora do CUTISS, Daniela Marino, que desenvolveu a máquina. “No momento, podemos multiplicar a área de superfície da amostra original por um fator de 100, e pretendemos, eventualmente, um fator de 500”.

Segundo ela, a máquina pode fazer vários enxertos ao mesmo tempo sem entrada manual, o que oferece a chance de reduzir drasticamente o tempo de produção e os custos.

Espera-se que dentro de dois anos os testes de fase 3 sejam concluídos e a ferramenta estará disponível no mercado europeu.

sábado, 10 de julho de 2021

Startup Relativity Space vai expandir estrutura de impressão 3D de foguetes espaciais

A startup americana Relativity Space anunciou que irá ampliar sua estrutura de impressão 3D de foguetes Terran, a empresa adquiriu um terreno de 93 mil metros quadrados que será usado para ampliar sua linha de produção. O terreno fica localizado no Centro Comercial Goodman, em Long Beach, Califórnia.

O local pertencia a Boeing, onde eram fabricados aviões militares, o último avião C-17 foi produzido lá em 2015. Agora, a área vai englobar um distrito comercial próprio ao lado do aeroporto de Long Beach.

A empresa participará de uma rodada de investimentos recentemente anunciada na casa dos US$ 650 milhões (pouco mais de R$ 3,3 bilhões).

Concepção em 3D da nova estrutura da Relativity Space

A Relativity Space ficou conhecida pela fabricação de foguetes espaciais Terran 1, que são fabricados através de impressão 3D, usando aparelhos conhecidos como “Stargate Printers” (“impressoras stargate”, em inglês). Além de ampliar a produção deste foguete, no local também será fabricada a linha reutilizável “Terran R”, recentemente anunciada.

A ideia da empresa é ser “a disruptora” do processo de fabricação de foguetes, que normalmente exige custos altíssimos e o uso de partes não reutilizáveis. Recentemente, a Relativity Space fechou contrato com a Força Aérea norte-americana para uso de uma nova base de lançamento, em Vandenberg, sul da Califórnia.

Segundo comunicado assinado por seu CEO e fundador, Tim Ellis, a aquisição é “essencial para a escalada de nosso programa Terran R”, ao mesmo tempo que permite à empresa “recrutar talentos inigualáveis na região de Long Beach para se juntarem a nós em nossa missão”.

Com a nova estrutura devem ser criados 2 mil empregos, que serão preenchidos gradualmente nos próximos anos. Atualmente, a empresa tem pouco mais de 400 funcionários contratados – além de terceirizados temporários.

A Relativity Space foi criada há cinco anos e, dentre seus investidores primários, conta com o empresário e apresentador do programa “Shark Tank”, Mark Cuban.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Sonda dos Emirados Árabes faz imagens de auroras em Marte

Os Emirados Árabes Unidos divulgaram fotos de auroras de Marte, as imagens foram capturadas pela sonda Hope (esperança, na tradução). As imagens foram divulgadas na quarta-feira (30). A sonda Hope faz parte da Hope Mars Mission, a primeira missão interplanetária do país árabe.

Foram divulgadas três fotos nas redes sociais da missão, as imagens foram feitas nos dias 22 e 23 de abril e 6 de maio deste ano. Elas foram feitas usando o espectrômetro ultravioleta da sonda e mostram a emissão de oxigênio atômico ao redor de Marte com comprimento de onda de 103,4 nanômetros.

Sonda dos Emirados Árabes fez imagens de auroras em Marte

As imagens foram feitas já no entardecer, no lado escuro do planeta, e mostram pontos de luz, que são auroras discretas.

“Essas imagens excepcionais e sem precedentes mostram a primeira vez que esse fenômeno foi capturado em detalhes de alta resolução”, diz a missão.

“Os pontos de luz que se destacam contra o disco escuro à noite são auroras discretas altamente estruturadas, que traçam onde partículas energéticas interagem com a atmosfera depois de serem afuniladas por uma rede irregular de campos magnéticos da crosta que se originam de minerais na superfície de Marte”, explica o texto de divulgação.

As imagens foram capturadas antes mesmo de a missão começar formalmente e não fazia nem parte das observações planejadas. Como é muito difícil flagrar esse fenômeno as imagens feitas animaram bastante os cientistas envolvidos no trabalho.

Ao contrário da Terra, as auroras em Marte não acontecem apenas nos polos norte e sul. No nosso planeta, elas são ligadas ao campo magnético do planeta. Em Marte, a atmosfera magnética não está alinhada como a terrestre. Segundo Justin Deighan, cientista planetário da Universidade do Colorado e vice-líder científico da missão, lá é como se “pegasse um saco de ímãs e os jogasse na crosta do planeta”.

“Sabíamos que o instrumento teria potencial para isso. Não foi projetado para isso. Mas porque temos uma missão que visa a cobertura global e estamos olhando para Marte de lados diferentes e com muita frequência dentro da atmosfera, isso nos permitiu ter essa medição de auroras discretas, o que é muito emocionante”, explicou Hessa Al Matroushi, líder científico da missão.

sábado, 3 de julho de 2021

Rato considerado extinto há mais de 150 anos é encontrado em ilha na Austrália

Cientistas descobriram que uma espécie de rato chamada de Gould que era considerada extinta ainda existe. O rato era considerado extinto há mais de 150 anos. Ele foi encontrado por pesquisadores em uma ilha na Austrália, de onde é nativo.

Segundo os pesquisadores, o último rato de Gould, um animal endêmico da Austrália, havia sido avistado em meados do século XIX. Mas quando uma equipe estudava o declínio de espécies nativas do país, foi feito um estudo comparativo de DNA que indicou que o rato de Gould não estava extinto, o estudo revelou que hoje ele é conhecido com o nome de Shark Bay.

O rato de Shark Bay é o rato Gould que pensava-se estar extinto há mais de 150 anos

O rato de Shark Bay pode ser encontrado em ilhas ao redor da costa australiana, porém, ele também já esteve presente no continente, antes da chegada dos europeus. Os roedores nativos representam cerca de 41% das extinções de mamíferos da Austrália desde o final do século XVIII.

A bióloga Emily Roycroft destaca a rapidez com que a espécie desapareceu da Austrália continental, ela foi uma das responsáveis pela descoberta.

“É empolgante que o rato de Gould ainda esteja por aí, mas seu desaparecimento do continente destaca a rapidez com que essa espécie passou de ser distribuída na maior parte da Austrália, para sobreviver apenas em ilhas na Austrália Ocidental”, disse. “É um colapso enorme da população”, completou ela.

Roycroft é a principal autora de um artigo sobre roedores publicado na revista Procedimentos da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América e descreveu a descoberta como “chocante”.

Foram feitas análises comparativas entre os ratos de Gould, Shark Bay e outras oito espécies consideradas extintas. De acordo com o estudo, todos esses roedores já tiveram populações enormes e generalizadas, porém, o impacto da colonização europeia foi catastrófico para elas.

Roycroft afirma que a causa foi a introdução de espécies invasoras, como gatos, e a limpeza das áreas para agricultura. “Ainda temos muita biodiversidade a perder aqui na Austrália”, afirmou Roycroft, “e não estamos fazendo o suficiente para protegê-la”.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Falta de água nas nuvens impede vida em Vênus

Segundo o microbiologista John Hallsworth, da Queen’s University Belfast, o fato de não haver água nas nuvens de Vênus impede a existência de vida no planeta mais próximo da Terra.

A habitabilidade potencial de Vênus entrou em foco no final de 2020 após ser detectada fosfina na atmosfera do planeta, com a detecção cientistas sugeriram ser evidência de uma espécie de bioassinatura.

Falta de água nas nuvens impede vida em Vênus

Depois de décadas, a Nasa está enviando duas novas missões para investigar Vênus, o que pode nos dar nosso melhor entendimento sobre se o planeta pode ou não ter sido ou ser habitável.

Hallsworth diz que isso não é muito provável. Calculando as medições da atividade da água – um parâmetro termodinâmico que é efetivamente equivalente à umidade relativa do ar em considerações atmosféricas – sua equipe identificou que a atmosfera de Vênus é muito seca para que organismos semelhantes à Terra sobrevivam.

“A atividade da água (que vai de zero – o mínimo – a um – semelhante a 100% de umidade) atua como um determinante potente da funcionalidade das células microbianas, portanto também é um determinante chave da habitabilidade”, diz o estudo.

Até onde sabem os cientistas, as funções biológicas nos organismos deixam de funcionar abaixo de um nível de atividade de água de 0,585. A resistente espécie de fungo xerófilo Aspergillus penicillioides atinge o limite mais baixo conhecido.

As nuvens secas de Vênus – compostas principalmente por gotículas de ácido sulfúrico – nem chegam perto de 0,585 em termos de atividade de água, ficando em torno de 0,004, de acordo com o que sugerem os pesquisadores.

Portanto, a atmosfera de Vênus é mais de 100 vezes mais seca do que esse limite de vida hipotético, ou, nas palavras dos cientistas responsáveis pela pesquisa, “duas ordens de magnitude abaixo do limite de 0,585 para extremófilos conhecidos”.

Ao levar em conta a mesma medida, a atmosfera de Marte também pode ser considerada muito seca para sustentar a vida conforme compreendemos, embora seu nível de atividade de água de ≤ 0,537 esteja apenas um pouco abaixo da faixa habitável, em comparação com Vênus.

Já as nuvens de Júpiter mostram níveis biologicamente permissivos de atividade de água, mas apenas entre temperaturas de -10 ° C a 40 ° C. Entretanto, os pesquisadores observam que esta é apenas uma primeira etapa na avaliação da habitabilidade das nuvens, como outras componentes químicas nas nuvens também podem afetá-lo.

Arqueólogos descobrem nova espécie de humano antigo em Israel

Arqueólogos descobriram fosseis que indicam pertencer a uma nova espécie de humano antigo. Foram encontradas partes de um crânio e mandíbula que se encaixam na estrutura dos humanos já conhecidos, como os Neandertais e Homo sapiens, mas também não fazem parte de nenhum deles.

A nova espécie ganhou o nome de “povo Nesher Ramla”, em homenagem ao local de descoberta, na região do Levante em Israel.

Os cientistas acreditam que a espécie seja ancestral das populações de Neandertal da Europa, o que explicaria o mistério de como essas populações possuíam o DNA de Homo Sapiens antes de sua chegada a essas regiões. Além disso, o novo hominídeo também parece ser um parente antigo das populações Homo arcaicas da Ásia.

“A descoberta de um novo tipo de Homo é de grande importância científica. Isso nos permite dar um novo sentido aos fósseis humanos encontrados anteriormente, adicionar outra peça ao quebra-cabeça da evolução humana e compreender as migrações dos humanos no mundo antigo. Mesmo que eles tenham vivido há muito tempo, no final do Pleistoceno Médio (474.000 -130.000 anos atrás), o povo Nesher Ramla pode nos contar uma história fascinante, revelando muito sobre a evolução e o modo de vida de seus descendentes”, disse o antropólogo Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv em Israel, principal autor de um artigo.

Imagem com os restos de antigo hominídeo achado no Levante, Israel

Os fósseis foram encontrados cerca de 8 metros abaixo do solo e, após análises, o grupo acredita que eles viveram entre 140.000 e 120.000 anos arás. Ainda nos resultados das pesquisas, os dados mostraram semelhanças com várias espécies humanas.

A mandíbula e os dentes pareciam mais com as dos neandertais. Por outro lado, os ossos parietais – crânio – eram mais semelhantes aos do Homo arcaico. Além disso, o crânio não se encaixou com os do Homo Sapiens, já que possuí uma estrutura diferente e sem queixo, e com dentes bem maiores.

A descoberta sugere que o tipo seja uma das últimas populações sobreviventes de Homo do Pleistoceno Médio na região, cerca de 400.000 anos atrás. Depois, com a chegada do H. sapiens, 200.000 anos atrás, os dois tipos de humanos provavelmente compartilharam o Levante por algum tempo – cerca de 100.000 anos.

“Nunca tínhamos imaginado que ao lado de Homo sapiens, o arcaico Homo vagava pela área tão tarde na história humana. Os achados arqueológicos associados a fósseis humanos mostram que Nesher Ramla possuía tecnologias avançadas de produção de ferramentas de pedra e muito provavelmente interagiu com o Homo sapiens local”, disse o arqueólogo Yossi Zaidner, da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, autor principal de um segundo artigo sobre a descoberta.

Os fósseis também apresentaram semelhanças com outros restos de diferentes épocas. Para os pesquisadores, a soma de antigos fósseis, antes incompreendidos, somados a essa nova descoberta podem explicar a migração entre eles, principalmente porque o local de descoberta (Levante) conecta a Ásia, a África e o Mediterrâneo, o que pode ter encurtado a distância para se misturarem.

“Nossas descobertas indicam que os famosos Neandertais da Europa Ocidental são apenas remanescentes de uma população muito maior que viveu aqui no Levante – e não o contrário”, explicou Hershkovitz.

Segundo os pesquisadores, as novas evidências também podem explicar uma população “desaparecida” de Neandertais, que se acasalou com Homo Sapiens há mais de 200.000 anos.

Em todo caso, na opinião dos especialistas, a descoberta mostra, principalmente, “que as interações entre as diferentes espécies humanas no passado eram muito mais complicadas do que imaginávamos anteriormente”.

terça-feira, 29 de junho de 2021

Fotógrafo tira fotos da Estação Espacial Internacional passando em frente ao sol

O fotógrafo Joel Kowsky tirou fotos do exato momento em que a Estação Espacial Internacional (ISS) passava na frente do sol. A Nasa juntou as fotos e fez um pequeno vídeo em gif, clique para ver.

Estação Espacial Internacional passando em frente ao sol
Estação Espacial Internacional passando em frente ao sol

As imagens foram feitas próximo de Nellysford, no estado americano da Virgínia, no dia 25 de junho de 2021. Segundo a Nasa, a Estação Espacial estava viajando a uma velocidade de 29 mil quilômetros por hora (km/h), no momento os astronautas Thomas Pesquet (da Agência Espacial Europeia, ou “ESA”) e Shane Kimbrough, da própria Nasa, estavam do lado de fora da estação espacial instalando equipamentos de energia solar.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Se comunicar com extraterrestres pode ser extremamente perigoso para humanidade, diz cientista

O físico e ex-editor da Nature Mark Buchanan disse em um artigo no jornal americano The Washington Post na quinta-feira (10) que “tentar se comunicar com extraterrestres, se eles existirem, pode ser extremamente perigoso para nós” e defendeu que seja feita uma regulamentação em relação a tentativas de comunicação com extraterrestres.

“A busca por alienígenas atingiu um estágio de sofisticação tecnológica e risco associado de que precisa de regulamentação estrita em nível nacional e internacional. Sem supervisão, até mesmo uma pessoa – com acesso a uma poderosa tecnologia de transmissão – poderia realizar ações que afetam o futuro de todo o planeta“, escreveu ele.

“Tentar se comunicar com extraterrestres, se eles existirem,
pode ser extremamente perigoso para nós”, diz cientista

O assunto voltou a ser discutido nos Estados Unidos após militares, agentes de inteligência e políticos darem declarações sobre o que chamam de fenômenos aéreos não identificados (UAP, na sigla em inglês). Um relatório que detalha o que o governo americano sabe a respeito desses fenômenos deve ser divulgado no dia 25 de junho deste ano.

“Todos devemos ser gratos por ainda não termos nenhuma evidência de contato com civilizações alienígenas. Tentar se comunicar com extraterrestres, se eles existirem, pode ser extremamente perigoso para nós. Precisamos descobrir se é sábio – ou seguro – e como lidar com essas tentativas de maneira organizada”, afirmou Buchanan.

Para Buchanan, quaisquer extraterrestres que encontrarmos provavelmente serão muito mais avançados tecnologicamente do que nós, por uma simples razão: “A maioria das estrelas em nossa galáxia é muito mais velha que o sol. Se civilizações surgem com bastante frequência em alguns planetas, então deve haver muitas civilizações em nossa galáxia milhões de anos mais avançadas que a nossa. Muitos deles provavelmente teriam dado passos significativos para começar a explorar e possivelmente colonizar a galáxia”.

Mark Buchanan lembra que Douglas Vakoch, do METI International, argumenta que não é realista se preocupar com o perigo de uma invasão alienígena. Afinal de contas, enviamos emissões de rádio e televisão para o espaço há um século, e uma civilização muito mais avançada que a nossa provavelmente já as terá detectado. Se eles quisessem invadir, eles já o teriam feito.

“Ambos os caminhos – ouvir os alienígenas ou tentar chamá-los – alcançaram o estágio em que exigem uma discussão pública mais ampla, com o objetivo de desenvolver uma regulamentação sensata. Isso vai exigir os esforços de líderes de muitas nações, presumivelmente coordenados por meio das Nações Unidas ou algum órgão internacional semelhante. Deve acontecer agora. Ou em breve. Antes que seja tarde”, finalizou o cientista.

domingo, 13 de junho de 2021

Pesquisadores criam “fibra programável” para monitoramento físico que pode detectar até doenças

Engenheiros do MIT(Instituto de Tecnologia de Massachusetts) criaram um tipo de “fibra programável” que poderá ser usada em campos como medicina e saúde, no monitoramento de atividades do corpo e até na detecção antecipada de doenças.

A “fibra programável”, que é oficialmente referida como “fibra digital”, pode “identificar padrões escondidos no corpo humano”, interpretando-os de forma contextual para ser aplicada nas situações descritas acima. A pesquisa foi divulgada na revista Nature Communications.

"Fibra programável” pode detectar até doenças

Segundo a revista, a fibra é capaz de sentir, armazenar, analisar e identificar atividades após ser costurada em uma camiseta.

“Esse trabalho apresenta a primeira criação de um tecido com a habilidade de armazenar e processar dados digitalmente, adicionando uma nova dimensão de conteúdo informativo aos produtos têxteis e permitindo que tecidos sejam, literalmente, programáveis”, afirmou o professor de ciências materiais e engenharia no MIT Yoel Fink, um dos autores do estudo.

A nova fibra é feita de centenas de pequenos chips de silício, dispostos em uma base pré-formada para se criar um polímero. Ao controlar de forma exata o fluxo desse polímero, os pesquisadores do MIT foram capazes de manter uma conexão elétrica de forma contínua entre os chips ao longo de dezenas de metros.

Visualmente o produto não difere de uma fibra normal: a versão programável é fina e flexível, podendo ser passada pela cabeça de um alfinete e costurada em tecidos, além de ser lavada até 10 vezes sem perder sua capacidade. “Quando você veste uma camiseta, você nem a sente. [Se não contássemos], ninguém saberia que ela estaria ali”, disse Gabriel Loke, participante do projeto.

Comparando a fibra a um corredor, ele diz que a fibra programável permite que seus elementos sejam controlados individualmente. “É como se cada elemento fosse uma sala, e cada sala tivesse seu próprio número”. Yoel Fink diz que a nova fibra permite que você acione um elemento (ou “sala”) sem que os outros precisem responder.

Na prática, isso permite aplicabilidades interessantes: durante testes, a nova fibra foi capaz de “armazenar” um curta-metragem colorido cujo arquivo tinha 767 KB de tamanho, e também uma música de 0,48 MB, por dois meses sem necessidade de recarga de energia.

A partir daí, a fibra analisou picos de temperatura para determinar quais foram os momentos de atividade física mais intensa. Sendo treinadas com essas informações, as conexões neurais foram capazes de determinar o que exatamente a pessoa estava fazendo, com 96% de precisão.

A expectativa é a de que, no futuro, roupas de atletas possam analisar digitalmente eventuais quedas de ritmo respiratório ou desempenho esportivo, bem como problemas de longo prazo, como decadência muscular decorrente da idade.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Exército dos Estados Unidos está desenvolvendo um robô com músculos biológicos

O Exército dos Estados Unidos está desenvolvendo um robô que terá músculos biológicos, a ideia é misturar biologia com máquina. O projeto é desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa do Exército (ARL, na sigla em inglês).

Robô do exército dos Estados Unidos

Os robôs terão a musculatura de tecido orgânico. Os engenheiros que desenvolvem o projeto dizem que a ideia pode levar a uma nova classe de robôs mais versáteis, adaptáveis e sofisticados. O que fará com que as máquinas tenham melhores respostas a terrenos instáveis ou outras surpresas, através de reflexos artificiais.

“Isso é completamente novo para o laboratório e o campo é relativamente jovem. As publicações com a primeira ideia de integrar tecido muscular ou células em arquiteturas grandes para controlar o movimento com o mesmo dispositivo biológico só começou em 2000 e se desenrolou no começo dos anos 2010”, disse Dean Culver, um dos pesquisadores do ARL.

Robô do exército dos Estados Unidos

O desenvolvimento do robô do laboratório do Exercito é feito em colaboração com cientistas da Duke University e da Universidade da Carolina do Norte. Os músculos biológicos serão aplicados primeiramente nas pernas de plataformas de locomoção.

“Organismos superar a performance de robôs de várias formas. Por que não usar componentes biológicos para alcançar essas capacidades?”, questionou Culver.

Robô do exército dos Estados Unidos

A equipe do projeto também vai envolver o comportamento das proteínas que auxiliam no desempenho muscular.

O cientistas de Duke dirigem a pesquisa computacional, os da Universidade da Carolina do Norte vão realizar os experimentos para validar as predições feitas pelos computadores. Já o exército dos EUA será responsável pelo trabalho teórico de mesomecânica que pode ser testado com dados coletados pelos outros dois grupos.

Robô do exército dos Estados Unidos
Robô do exército dos Estados Unidos

A pesquisa ainda vai informar sobre como cultivar o tecido muscular, ao invés de extrair de algum organismo.

Eles também pretendem fazer um drone capaz de bater asas.
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