domingo, 26 de setembro de 2021

Nave pode construir plataforma de pouso enquanto desce na lua

A NASA pretende voltar a Lua com o Projeto Artemis, que deve levar astronautas para o nosso satélite natural em 2023. E como parte da missão empresas tem apresentado projetos de módulos de pouso lunar. Um desse projetos foi apresentado pela empresa Masten Space Systems, cujo projeto propõe que a nave construa sua própria plataforma de pouso enquanto desce na lua.

O modelo ainda evitaria a necessidade de missões prévias para preparar o terreno. O grande perigo de uma aterrissagem no solo lunar é uma camada de rocha esmagada que se desenvolveu por conta do impacto de meteoritos. Esses pedaços podem danificar a nave durante o pouso, comprometendo a missão.

E por causa desse risco se cria a necessidade de uma plataforma de pouso segura. O projeto da Masten pretende fazer os foguetes dispararem partículas de cerâmica no solo lunar. Ao colidir com a superfície, esses pedaços se solidificam e tornam o local seguro para uma aterrissagem.

Módulo de pouso lunar construiria a própria plataforma de pouso

Em missões anteriores na lua, as naves possuíam um design próprio para o pouso, no entanto, elas ficam limitadas a pousarem em partes específicas da lua. Isso dificulta para os cientistas estudarem outras regiões do satélite.

Se conseguir criar uma nave que consiga fazer um pouso em segurança em qualquer lugar da lua, as possibilidades de pesquisa ficam maiores. O objetivo agora é aumentar os testes do programa, ainda não há previsão de quando a tecnologia vai estar pronta para o uso.

O projeto da Masten Space Systems é feito em parceria com a Honeybee Robotics, Texas A&M University e a University of Central Florida. O financiamento ainda conta com o auxílio do NASA Innovative Advanced Concepts, que visa encontrar modelos inovadores para serem aplicados nas missões da agência.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Pesquisadores criam holograma que pode ser tocado e sentido

Cientistas da Universidade de Glasgow, na Escócia, criaram um sistema de holograma que pode ser tocado e sentido, semelhante aos holodecks de “Star Trek“. A tecnologia “aerofática” usa jatos de ar para permitir a sensação do toque.

Segundo o professor de eletrônica e nanoengenharia da instituição, Ravinder Daahiya, pesquisador que trabalhou no projeto, os jatos de ar podem fazer com que você sinta “os dedos, as mãos e os pulsos das pessoas”.

“Com o tempo, isso poderia ser desenvolvido para permitir que você conhecesse um avatar virtual de um colega do outro lado do mundo e realmente sentisse seu aperto de mão”, disse ele em seu artigo para o site The Conversation. “Pode até ser o primeiro passo para construir algo como um holodeck”.

 O holograma criado pode ser tocado e sentido

O sistema é parecido com os hologramas sensoriais de toque já conhecidos, com a diferença de que o sistema aerofático não requer um controlador de mão ou luvas inteligentes para produzir a sensação de toque.

Em vez disso, uma espécie de bico, que é capaz de responder aos movimentos da mão, sopra ar com uma quantidade adequada de força sobre você.

Daahiya e sua equipe testaram isso com uma projeção interativa de uma bola de basquete, que ele afirmou poder ​​ser “tocada, rolada e quicada de maneira convincente”, como se fosse um objeto real.

“O feedback de toque dos jatos de ar do sistema também é modulado com base na superfície virtual da bola de basquete, permitindo que os usuários sintam a forma arredondada da bola enquanto a rolam com a ponta dos dedos ou quando a quicam, e o tapa na palma da mão, quando ela retorna”, disse Daahiya.

O sistema está em fase embrionária, mas a equipe tem esperanças de que ele possa, futuramente, ser usado não apenas para criar algumas experiências de videogame incríveis, como também para ajudar os médicos a tratar pacientes independentemente da distância física que os separem.

sábado, 18 de setembro de 2021

Cientistas criam tinta que pode eliminar a necessidade de ar-condicionado

Cientistas da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, criaram uma tinta extrabranca que é capaz de eliminar a necessidade de uso de ar-condicionado.

Para tornar a tinta muito branca e altamente reflexiva os pesquisadores usaram uma concentração muito alta de sulfato de bário com partículas em diferentes tamanhos. O sulfato de bário é um composto químico também usado em papel fotográfico e cosméticos.

Com isso, os pesquisadores da universidade conseguiram criar uma tinta capaz de refletir 98,1% da radiação solar enquanto também emite calor infravermelho.

Cientistas criam tinta super branca capaz de esfriar ambiente de casas

Assim, como a tinta absorve menos calor do que emite, uma superfície revestida com essa tecnologia consegue ser resfriada abaixo da temperatura ambiente. E o melhor: sem consumir energia para isso.

Por exemplo, usar a tinta em um telhado com cerca de 9 metros quadrados pode resultar em uma potência de resfriamento de 10 kW. “Isso é mais poderoso do que os [aparelhos] de ar-condicionado usados ​​pela maioria das casas”, explica Xiulin Ruan, professor de Engenharia Mecânica em Purdue.

 Xiulin Ruan com a tinta branca que ele criou

A nova tecnologia pode ser uma grande aliada da preservação do meio ambiente, principalmente em um país como os Estados Unidos onde a energia ainda é obtida através de carvão em muitos estados.

“Quando iniciamos este projeto há cerca de sete anos, tínhamos em mente a economia de energia e o combate às mudanças climáticas”, disse Xiulin Ruan.

Agora, a ideia dos cientistas é colocar essa tinta extrabranca no mercado. Para isso, eles anunciaram já terem feito uma parceria com uma empresa.
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